Durante uma apresentação musical, geralmente, transparece a impressão da harmonia perfeita entre o ser humano e o instrumento, porém a era digital impõe ao músico um resultado de perfeição cada vez maior, sendo enorme a carga física à qual está exposto o músico e as consequências desse fato abrangem um grande leque de alterações no seu corpo. O presente estudo teve como objetivo avaliar possíveis alterações posturais em trombonistas e saxofonistas de uma “BIG BAND”. Tratou-se de uma pesquisa do tipo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa, realizado na Escola de Música Toque de Vida, com os integrantes da orquestra, chamada de Big Band, nos meses de maio a julho de 2012. A amostra foi composta por sete instrumentistas, sendo quatro trombonistas e três saxofonistas, que já tocam o instrumentos há pelo menos 3 anos. Foi aplicada uma ficha de avaliação onde continha dados de identificação do perfil sócio-econômico, hábitos laborativos, como também um exame físico com avaliação postural em visão anterior, posterior e lateral direita e esquerda. Toda a amostra foi do gênero masculino, na faixa etária de 18 a 30 anos, com tempo de prática musical em média 5,1 anos, com média de 3,6 horas de ensaio diário, e prática semanal de 5 dias, onde foi constatado que a maioria dos músicos apresentava desvios posturais em membros superiores e tronco, sendo as mais incidentes: a cabeça anteriorizada (100%), ombros protrusos, elevação de ombro, assimetria no triângulo de thalles e rotação de tronco (57,1%). Observou-se que maioria dos músicos aprensenta algum tipo de alteração postural, essas que podem estar diretamente ligados a forma de manuseio do instrumento e vícios de postura adquiridos ao decorrer dos anos na sua prática laboral. Sendo importante avaliação periódica, além de cinesioterapia específica para atividade laborativa musical. Sugere-se que novos estudos sejam feitos nessa área com uma amostra maior, a fim de ratificar os resultados obtidos com esse estudo.