Estudos publicados anteriormente, já evidenciavam uma carência de publicações na área de lutas, artes marciais e esportes de combate, sinalizando para a necessidade de um maior envolvimento de pesquisadores nessas temáticas. O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento dos grupos de pesquisa em luta, artes marciais e esportes de combate no diretório de grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPQ). Métodos: Trata-se de um estudo de levantamento do tipo análise de conteúdo. A fonte de consulta contemplou o diretório de grupos de pesquisa do CNPq por meio de pesquisa no endereço eletrônico do Governo federal no último senso de 2010. Os unitermos utilizados na busca juntamente com o operador boleano de intercessão “AND” foram: Artes marciais e Lutas. O tratamento estatístico utilizou o método descritivo por meio da análise de distribuição de frequência. Resultados: Foram identificados 6 grupos de pesquisa com área de concentração em Artes marciais, lutas e esportes de combate. O período de formação dos grupos varia entre 2006 a 2011. Em relação à distribuição por região foi evidenciada a presença de grupos no Sul (n=2; 33,3%) (Paraná), Sudeste (n=3) (São Paulo=2 e Rio de Janeiro) e Nordeste (n=1) (Maranhão). Sobre o perfil acadêmico dos pesquisadores inseridos nesses grupos foi observada a seguinte distribuição: 23 pesquisadores (39,1% na região sul, 47,8% sudeste e 13% no nordeste) e 34 estudantes (26,5% na região sul, 61,8% sudeste e 11,7% no nordeste). Em relação às linhas de pesquisa foi identificado o desenvolvimento de 13 temáticas, com o maior foco em estudos pedagógicos e metodológicos as lutas, artes marciais e esportes de combate (38,5%), Medidas e avaliação nas lutas e artes marciais (23,1%) e treinamento e rendimento esportivo nas lutas e artes marciais (15,4%). Conclusão: Com base na análise de conteúdo no diretório de grupos de pesquisa do CNPq, conclui-se que, apesar das lutas já estarem consolidadas no meio esportivo e como filosofia de vida em diversos países, ainda é recente o interesse no meio acadêmico brasileiro pela investigação nessa área do conhecimento, o que pode ser percebido pelo reduzido número de grupos de pesquisa, bem como, ainda, pelo minúsculo contingente de pesquisadores e estudantes envolvidos em grupos com esta temática. Outro fato importante é que não foi identificado nenhum grupo na região Norte e Centro-Oeste do país, situação que sinaliza a necessidade de um maior apoio e incentivo para a formação de novos grupos nessas regiões.