SILVA, Roseane Barros Da. . Anais III CONAEF... Campina Grande: Realize Editora, 2012. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/1537>. Acesso em: 24/11/2024 20:48
Esta experiência com o Karatê na escola começa a partir do segundo semestre do ano de 2010 e que até então (2012) participo, quando eu fui convida a participar de um projeto do governo federal denominado “Mais Educação” que trata da educação integral, onde os alunos de escolas públicas têm, além de suas aulas em horários normais, no contra turno um movimento com atividades que vão de esportes a práticas pedagógicas de aprimoramento de disciplinas como a matemática e português, onde os estudantes universitários são prioritariamente escolhidos para ministrar as oficinas. Na escola que fui convida para a oficina de Karatê, pois sou faixa preta desde 2009, ano este que ingresso no curso de Licenciatura em Educação Física da UEPB, tive a oportunidade de trabalhar com crianças e adolescentes do 7o ao 9o ano que me mostram até hoje um sentido especial na prática do Karatê. Por ter iniciado a pratica do Karatê na minha infância e ter sentido na pele o que este esporte pode proporcionar de benefícios que vão do físico ao intelecto, vejo a necessidade de passar adiante o que fora me passado e foi nesse projeto que comecei a colocar em prática o que me foi posto até então. No inicio das minhas práticas como professora e não mais como aluna/atleta ainda era muito tímida, mas já tinha idealizado em mente que poderia utilizar dos elementos da Educação Física para entretenimento e suporte do condicionamento físico e mental daqueles pequeninos que me esperavam, mesmo sendo uma professora e não um professor de inicio tive que usar de meus títulos de atleta para que a aceitação fosse maior e a partir desses conquista-los. Confessaram para mim que gostariam de “lutar” uns com os outros que queriam competir. Meu objetivo inicial sempre foi formar um cidadão através da arte, daí passamos um ano para que isso acontecesse, pois meu proposito foi primeiramente mostrar a arte das mãos vazias (Karatê) na sua essência, a disciplina e os fundamentos básicos como as defesas e ataques parados e em deslocamento estes com as bases básicas, depois que dominaram estes elementos fundamentais, passei a mostrar a luta e mostrar que esta vai além de pontuar numa competição, pois a luta é à base do equilíbrio humano, sempre lutamos por algo e os meus alunos estão aprendendo a lutar contra si mesmos, contra suas realidades, e dar a volta por cima, com a quebra da ociosidade e aprendizagem de uma nova cultura e uma nova maneira de lhe dar uns com os outros a partir de sua convivência estudantil, sendo esta o objetivo central do projeto e meu também.