A cajarana (Spondias sp), também conhecida como umbu-cajá ou cajarana do sertão, pertence a família Anacardiacea. O licor é uma bebida com graduação alcoólica de 15 a 54% em volume, distinguindo-se pela alta proporção de açúcar misturada com álcool e aromatizados por substâncias de origem vegetal ou animal. O trabalho teve por objetivo o processamento do licor de cajarana, preparados em duas formulações básicas (aguardente a 48% de álcool e vodka a 50%), onde estas foram divididas em três alíquotas para a preparação de distintas formulações, buscando assim, verificar a aceitabilidade e preferência entre as amostras. Foi realizada a infusão da cajarana no álcool (aguardente ou vodka) durante 30 dias, logo após passou pela maceração e adição de xarope e/ou leite condensado, visando à possibilidade de seu aproveitamento como mais uma alternativa e fonte complementar a renda dos pequenos produtores. A elaboração, bem como a avaliação das formulações foi realizada nos Laboratórios do Centro de Ciências e Tecnologia de Alimentos da UFCG, Campus de Pombal, sendo a sensorial analisada por 52 provadores não treinados, entre alunos, professores e funcionários do campus, em função de serem potenciais consumidores do produto. As análises físico-químicas realizadas foram as seguintes: teor de sólidos solúveis, extrato seco, teor de cinzas e pH. Na avaliação sensorial, as formulações onde se utilizou tanto o xarope como o leite condensado obteve uma maior aceitação por parte dos provadores. Na análise físico-química os teores de cinzas e umidade estão abaixo dos valores preconizados pela legislação, contudo os valores para sólidos solúveis e pH estão adequados. Assim, o licor de cajarana se apresenta como um produto viável por tratar-se de uma tecnologia simples, constituindo assim, uma alternativa econômica para o aproveitamento de frutas regionais.