O Brasil é o quarto maior produtor mundial de abacate (Persea americana, Mill). Porém, apenas a polpa é aproveitada para fins alimentícios e extração de óleos para as indústrias farmacêuticas e de cosméticos. O caroço do abacate representa em média 25% do peso do fruto, e, por não ter aproveitamento adequado, forma junto com as cascas o resíduo do processamento industrial do abacate. Com o objetivo de se avaliar a possibilidade do aproveitamento dos caroços de abacates vendidos na feira-livre de Campina Grande – PB, foi realizada a caracterização físico-química de seus caroços, determinando-se os teores de açúcares, proteínas, sólidos solúveis, lipídeos, cinzas, carboidratos totais e fenóis totais, além de outros parâmetros físico-químicos. Inicialmente, os caroços foram processados de forma a obter-se uma farinha por meio de trituração, secagem e moagem dos caroços. Os resultados mostraram a presença de substâncias de interesse nutricional no caroço do abacate, tais como açúcares, proteínas, pectina e fibras, sugerindo seu aproveitamento na composição de ração animal, desde que sejam removidas as substâncias fenólicas. Além disso, foi encontrado no caroço do abacate um teor de lipídeos de 1,94%; o que sugere uma aplicação potencial para agregar valor ao caroço do abacate: A extração de óleo, tanto para fins alimentícios quanto para fins cosméticos e farmacêuticos.