Sabe-se que o Sistema de Ciclos originou-se no ano de 1996, de acordo com a Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), desde então os alunos só poderiam ser retidos ao final de um ciclo, diferente do sistema de seriação, onde os alunos eram avaliados e poderiam ser retidos ao final do ano. Este sistema entrou em vigor com o intuito de diminuir a evasão nas salas de aulas e o alto índice de reprovações, mas por outro lado podemos perceber que devido a esse sistema foi-se criando uma lacuna quanto a aprendizagem dos alunos nas escolas públicas, pois os alunos não poderiam ser retidos e estavam chegando ao terceiro/quarto ano sem saber sem saber ler e escrever, como também não conheciam os números entre outros. Tendo em vista esta situação, objetivamos a partir da nossa experiência, vivenciada por intermédio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), nos anos de 2016 e 2017, decidimos pensar as questões que cingem o letramento a partir da nossa experiência na sala de aula, na Escola Maria José de Carvalho Sousa, turma do terceiro ano do Ensino Fundamental I, turno da tarde, bairro Vila Cabral de Santa Teresinha e na Escola Rivanildo Sandro Arco Verde, na turma do quinto ano do Ensino Fundamental I, turno da tarde, no bairro do Presidente Médice, ambas escolas municipais, localizadas na cidade de Campina Grande-Paraíba, assim como discutir acerca da psicolinguística argentina Emília Ferreiro que desvendou os mecanismos pelos quais as crianças devem aprender a ler e escrever, sendo uma das principais bases teóricas para nossa pesquisa.