Objetivo: Estimar a associação entre a síndrome metabólica e os níveis de proteína-C reativa ultrassensível sérica (PCR-us) em idosos. Métodos: Pesquisa de caráter transversal, de base populacional e domiciliar, conduzido com 604 idosos (≥60 anos) participantes do estudo EpiFloripa Idoso em 2013, 2014 e 2015, no município de Florianópolis/SC. A presença de inflamação foi avaliada através da dosagem de proteína-C reativa ultrassensível sérica, classificada como nível inflamatório baixo (3mg/L). A síndrome metabólica foi caracterizada como a presença de três ou mais componentes: circunferência da cintura aumentada, glicemia de jejum aumentada, colesterol HDL baixo, hipertrigliceridemia e pressão arterial. Utilizou-se regressão logística multinomial (bruta e ajustada) para verificar a associação entre a variável independente e a PCR-us. Resultados: Foram analisados 546 idosos com idade média de 72,0 (±6,3) anos. Na análise bruta, a síndrome metabólica foi associada aos níveis inflamatórios intermediários e elevados de PCR-us. Na análise ajustada, os idosos com síndrome metabólica apresentaram mais chances de ter nível inflamatório intermediário e elevado, quando comparados aos seus pares. Conclusão: Os resultados mostram que idosos com síndrome metabólica apresentam maiores chances de ter níveis inflamatórios intermediários e elevados de PCR-us. Sabe-se que a presença de níveis aumentados de PCR-us são preditores de complicações cardiovasculares e, somados à síndrome metabólica, podem elevar ainda mais a chance de complicações nessa população.