Objetivo: Descrever o grau de dependência para as atividades básicas e instrumentais da vida diária em idosos. Introdução: O envelhecimento humano compreende marcantes transformações biopsicossociais. Dentre elas, encontram-se as atividades básicas de vida diária (ABVD) e as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) reflexos do cotidiano dos idosos. Método: Recorte de estudo descritivo, exploratório e transversal, com 103 idosos, realizado de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016. Critérios de inclusão: idade ≥ 60 anos; consentimento documentado e cobertura pelo serviço de saúde selecionado. A coleta de dados deu-se através de questionários acerca das ABVD e AIVD embasados nas escalas de Katz e Lawton. Houve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Autarquia Educacional de Belo Jardim sob Protocolo n.º 45553615.0.0000.5189. Resultados: A maioria é independente para todas as atividades; 5,8% dependem totalmente de um cuidador; os demais foram considerados parcialmente independentes. Houve mais dependência nas AIVD que nas ABVD pelas instrumentais exigirem maior integridade física e cognitiva que as básicas. Nas AIVD verificou-se incapacidades em fazer compras sozinho, preparar alimentos, seguido da realização de tarefas domésticas. Conclusão: Apesar da maior parte ser considerada independente, ao decorrer dos anos, executar estas simples tarefas se torna uma missão dificultosa. As comorbidades elevam o grau de dependência dos idosos, aumentando sua demanda de cuidados dadas vulnerabilidades e incapacidades. Verificar o grau de dependência do idoso gera um indicador de sua capacidade funcional, bem como previne possíveis incapacidades.