O presente relato discorre sobre a experiência em um lar de idosos situado em Curitiba que fomentou uma base de estratégias psicomotoras para aprimoramento na qualidade de vida. O projeto foi realizado em quatro encontros. Essa população vivencia um processo de envelhecimento que não é simples, carrega limitações em níveis neuronais considerados normais, principalmente voltados a velocidade de processamento da informação e a memória. Todos estes pontos merecem atenção e são intimamente relacionados a qualidade de vida. A fase também resulta na limitação de movimentos, devido a mudança muscular. Considerando que o público trabalhado foram homens idosos que anteriormente viviam como moradores de rua, e que suas rotinas foram desprovidas de condições fundamentais do envelhecimento saudável provavelmente não houveram estímulos cognitivos, sociais, afetivos e comunicacionais no grupo. Desta forma, utilizei como base a psicomotricidade, que está relacionada a ação e pensamento envolvendo a emoção, com a finalidade de educar o movimento, nos encontros utilizei uma atividade estruturada onde o foco foi exercitar a coordenação motora fina e geral, com desenhos e argila. Com as atividades elaboradas encontrei um viés de valorização contrária a perspectiva posta pela sociedade, que atribui ao idoso em situação de rua dupla exclusão por ser velho e pobre. Propiciando um novo valor, sobre a singularidade e a importância deles independente do passado, ligado ao presente.