A população brasileira e mundial de idosos está aumento cada vez mais, gerando o interesse acadêmico de compreender as nuances do envelhecimento masculino e como eles vivenciam a aposentadoria. Programas como a Universidade Aberta à Terceira idade (UNATI) da FCL de Assis, que acolhem idosos com idades em torno de 60 anos, diferentes escolaridades e classes sociais, possibilitam a aprendizagem de novas línguas, danças e atividades manuais, que esses homens não puderam entrar em contato devido à rotina de trabalho. O programa funciona como um espaço de socialização, intergeracionalidade e união para discussões do cotidiano da vivencia da terceira idade, promovidas pelo próprio projeto através do evento anual da semana do idoso com diversas palestras sobre o desenvolvimento biosociopsicológico do processo de envelhecimento, além das discussões promovidas entre eles nas oficinas. Esses homens que frequentam o projeto se subjetivaram em um mundo patriarcal, em que socialmente tinham que provar seu poder através da sexualidade ou da força física e psíquica. Atualmente esses homens possuem tempo e o espaço da UNATI para refletir e discutir suas possibilidades de vivenciar a velhice. Tendo em vista que dos 373 participantes do ano de 2017 apenas 53 são homens, a pesquisa visou realizar entrevistas semiestruturadas com perguntas que possibilitam analisar o perfil dos entrevistados, as vicissitudes do processo de envelhecimento masculino, de que forma a UNATI auxilia na vivencia da velhice e como esses homens enxergam a aposentadoria, uma vez que, socialmente, o trabalho é um edificador da masculinidade do homem.