As modificações ocorridas em grande parte das cidades brasileiras ao longo do tempo, sobretudo naquelas de médio a grande porte, são caracterizadas não somente pelas transformações verificadas junto a edifícios e espaços públicos, mas também pela mudança de muitas moradias das áreas centrais para bairros mais afastados. Tal fenômeno, conhecido como gentrificação, tende a obstaculizar uma multiplicidade de usos no centro urbano, fator essencial à qualidade de vida da população. Diante disso, é essencial incentivar a permanência das pessoas nesses locais. Aqui se instala o objetivo geral deste trabalho, que consiste em atentar para a importância dos idosos enquanto agentes contrários a esse processo na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, na medida em que, no caso citado, a maior parte deles ainda reside na área central. Para tanto, foi adotada a técnica da documentação indireta, a fim de possibilitar uma revisão bibliográfica acerca dos temas terceira idade, cidade e gentrificação, assim como a coleta de dados sobre o contexto urbano abordado. Logo, por meio das reflexões realizadas, foi evidenciado o papel antagônico da pessoa idosa diante do fenômeno da gentrificação, que já acomete a cidade alvo deste estudo - cenário este que pode estar se repetindo em outros municípios. Em tempo, foram elencados alguns possíveis estímulos à manutenção da população idosa no centro de Juiz de Fora e à consequente preservação de seus laços afetivos com o lugar, ações estas que certamente poderão ser adotadas em outras cidades que apresentem quadros semelhantes.