Introdução: O processo natural do envelhecimento por si só já acarreta perdas olfatórias,
contudo relaciona-se a hiposmia e o declínio cognitivo em idosos, principalmente em doenças como o
Alzheimer e Parkinson. Dessa forma, os testes olfatórios têm o objetivo de funcionar como detecção
precoce dessas doenças neurodegenerativas. Método: Foi realizada uma revisão da literatura na base
de dados PubMed com os descritores “olfaction”, “cognition” and “elderly”, limitando a publicações
dos últimos 5 anos abordando apenas idosos maiores que 65 anos, filtrando somente estudos em
humanos com artigos completos. Ao selecionar os textos relacionados ao tema pelos títulos,
totalizaram 47 artigos. Resultados e Discussão: Distúrbios olfatórios na Doença de Alzheimer são
causados pela presença de placas amiloides no epitélio olfatório, no bulbo olfatório, no núcleo
olfatório anterior e nas regiões límbicas associadas (uncus e amígdala). Distúrbios olfatórios na doença
de Parkinson acontecem em cerca de 90% dos casos, sendo que o grau de comprometimento varia de
leve a grave, se apresentando como sinal não motor precoce, no estágio 0-1 de Braak, que precede os
sintomas motores em anos, contudo é inespecífico e insensível. Conclusão: As desordens olfativas e o
declínio cognitivo apontam para a necessidade do conhecimento dos profissionais da relação entre
hiposmia e declínio cognitivo, principalmente os testes olfativos, que possivelmente contribuirão para
a detecção precoce das doenças neurodegenerativas. Estes testes (UPSIT, sniff test e homemade)
ainda deverão passar por modificações para uma melhor sensibilidade e especificidade. Na atualidade,
podem ser associados com testes neuropsicológicos para uma maior eficiência.