Em determinadas culturas, o idoso representa herança histórica, continuação, agente da história. A compreensão da memória e as recordações da pessoa idosa podem servir não apenas para o conhecimento do indivíduo, mas essas recordações, as experiências narradas, a história de sua vida, podem ajudar para que outras pessoas possam ser influenciadas e estimuladas pelos fatos narrados. Isso porque a contribuição dos relatos dos idosos não se limita ao aspecto particular, individual, mas também para o coletivo e social. Assim, as experiências e seus sentidos, ao serem narrados e expostos pelos idosos, podem ser transmitidos ao longo das gerações, influenciando o conhecimento e entendimento do contexto atual. Nesse estudo verificamos a relação entre o sentimento de auto eficácia e o nível de participação na vida social. Muitas queixas referentes ao esquecimento andavam de mãos dadas com a experiência de se sentirem sozinhas e isoladas do mundo. O desenvolvimento desta pesquisa tem contribuído para estimulação a memória, encorajamento para usar capacidades e competências cognitivas de modo eficaz, ensinando estratégias compensatórias de modo a permitir que os idosos possam levar uma vida o mais independente possível. Suas histórias e lições de vida proporcionam crescimento para cada um enquanto pessoas. Percebemos que o resgate e a comunicação das experiências dos idosos possibilitaram criar um espaço de interlocução de suas memórias, ressignificando assim, o passado e o presente.