Nos últimos anos, têm-se observado o aumento da população de idosos, fenômeno que segundo projeções se intensificará. Dentre os distúrbios mentais que mais afetam esta população está a demência, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como prioridade de saúde pública. Considerando ser a doença de Alzheimer (DA) sua principal causa, este trabalho objetivou, por meio de uma revisão narrativa de conteúdos presentes em sites de órgãos relacionados ao governo, relatar os princípios do tratamento farmacológico, componente da política pública brasileira voltada aos portadores de DA, incluindo custos no período de 2007-2017. O tratamento recomendado para a DA é abordado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da DA (PCDT-DA) publicado pelo Ministério da Saúde (MS). O PCDT-DA indica o uso de duas classes farmacológicas, os anti-colinesterásicos, representados pela donepezila, galantamina e rivastigmina para os graus leve e moderado e o antagonista dos receptores NMDA, a memantina, para o grau grave. Estes medicamentos são financiados pelo MS e distribuídos gratuitamente a população. Consultando dados do Departamento de Informática do SUS e da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, estimou-se que nos últimos 10 anos, foram investidos R$1.713.314.367,56 na aquisição de anti-colinesterásicos, sendo a maior parte destinada a rivastigmina, no entanto, a apresentação mais prescrita foi a donepezila comprimidos de 10 mg. Considerando os anos de 2007 e 2017, houve um aumento de 1,9 vezes no número de medicamentos adquiridos, todavia, a partir de 2014, observou-se a redução da quantidade adquirida e disponibilizada, demonstrando que menos pessoas receberam anti-colinesterasícos gratuitamente.