A exposição das lactentes a medicamentos sem segurança estabelecida para uso durante a amamentação ou com riscos de efeitos indesejáveis sobre a lactente ou sobre a produção láctea revela a necessidade de orientação às nutrizes sobre a forma adequada para uso da automedicação nesse período, já que a amamentação é uma prática de fundamental importância para a mãe, a criança e a sociedade em geral que deve ser sempre incentivada devido a suas vantagens nutricionais, imunológicas e psicoafetivas. Nessa perspectiva, a atenção farmacêutica contribui para o uso racional de medicamentos, na medida em que desenvolve um acompanhamento sistemático da terapia medicamentosa utilizada pelo indivíduo, buscando avaliar e garantir a necessidade, a segurança e a efetividade no processo de utilização de medicamentos. Este trabalho consiste em um relato de experiência de docentes e discentes que participam de um projeto de extensão intitulado “ORIENTAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA A PARTURIENTES NA MATERNIDADE DA FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL DA PARAÍBA (FAP)” do Curso de Graduação em Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba, Campus I, Campina Grande-PB, no período de janeiro 2012 até o presente momento, com o princípio de analisar o uso de fármacos durante a lactação, mostrando o seu perfil farmacoepidemiológico e suas interações medicamentosas, a fim de promover o uso racional de medicamentos. O projeto em questão é executado na Maternidade do Hospital da FAP (Fundação Assistencial da Paraíba), entidade beneficente sem fins lucrativos, do bairro de Bodocongó, no Município de Campina Grande-PB. Inicialmente, realizamos levantamentos sobre o uso de medicamentos por parte das lactantes, além de ocorrer constantes orientações orais e escritas às pacientes sobre a importância da amamentação e as possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer neste período. Essas orientações fornecidas as pacientes são relacionadas quanto aos perigos da auto-medicação durante o período gestacional e da amamentação. Utilizou-se também para este fim, a entrega de panfletos e divulgação nas principais redes sociais, contendo informações sobre a amamentação relacionada ao uso de medicamentos, abordando os principais riscos dos mesmos durante o período de lactação. Finalmente, esclareceu-se a cerca da importância do profissional da saúde para a orientação sobre os medicamentos que podem vir a ser compatíveis ou não com o quadro de aleitamento. Um projeto como este contribui ativamente para a redução dos riscos relativos à utilização de medicamentos durante a gravidez e amamentação, incentivando o uso racional, satisfazendo as necessidades sociais ajudando os indivíduos a obter os melhores resultados durante a farmacoterapia. São notáveis os resultados obtidos e a contribuição à comunidade, percebendo-se que é imprescindível que os profissionais de saúde, assim como as lactentes, tenham conhecimento a cerca das interações medicamentosas e da influência desta sobre as pacientes, confirmando dessa forma a importância da Atenção Farmacêutica.