INTRODUÇÃO: A urostomia é uma estomia de eliminação urinária, definida como uma abertura artificial dos condutos urinários na parede abdominal para desvio da urina ao meio externo. A urostomia é necessária quando algum processo patológico afeta o sistema urinário e impede a saída da urina pelo trajeto normal. Na urostomia não há controle voluntário da micção, a urina sai de modo contínuo por gotejamento. As derivações urinárias podem ser divididas em: definitivas ou temporárias, externas ou internas e continentes ou incontinentes. A presença da urostomia pode ser encarada como uma mutilação, com alteração da sua imagem corporal e falta de controle sobre suas eliminações. Além disso, há uma carência de estudos relacionados a essa temática no Rio Grande do Norte (RN) e o perfil de urostomizados dessa região ainda é desconhecido. OBJETIVO: Identificar o perfil de pacientes urostomizados cadastrados na Associação dos Ostomizados do Rio Grande do Norte (AORN). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado na Associação dos Ostomizados do Rio grande do Norte. A população do estudo foi composta por todos os pacientes ativos com urostomias cadastrados na AORN desde sua fundação (1991), totalizando 45 urostomizados. A Coleta de dados foi realizada entre os meses de novembro de 2013 e janeiro de 2014, a partir das fichas cadastrais dos pacientes. O projeto da pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o CAAE de número 19866413.3.0000.5537. RESULTADOS: Dos 45 pacientes urostomizados cadastrados, 60,0% eram do sexo masculino, 48,9% pardos e as demais cores de pele observadas foram brancos (40,0%) e negros (11,1%). Quanto ao estado civil, observou-se que 55,6% eram casados, 15,6% solteiros, 17,8% viúvos, 8,8% separados e 2,1% eram ignorados. Em relação à idade, 73,3% tinham mais de 59 anos e 26,7% tinham até 59 anos. No tocante à renda familiar, 62,2% recebiam até um salário mínimo (SM), 28,9% recebiam de 2 à 5 SM, 2,2% recebiam 6 ou mais SM, 6,7% eram ignorados e 4,4% não possuíam renda. A análise da escolaridade mostrou que 51,1% dos pacientes tinham ensino fundamental incompleto, 28,9% eram analfabetas, 6,7%, tinham fundamental completo, 2,2% ensino médio completo e 6,7% ensino superior completo. CONCLUSÃO: Conhecer o perfil desses pacientes proporciona aos profissionais e gestores da saúde a apropriação de informações para o planejamento de ações adequadas e eficazes a a esta população, buscando uma melhor qualidade de vida e adaptação destes pacientes a nova realidade.