O presente trabalho resulta de reflexões estimuladas pela nossa inserção no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II – Novos Tempos na condição de estagiárias de Serviço Social. Os Centros de Atenção Psicossocial fruto do processo de luta pela desistitucionalização da loucura busca melhorar o sistema precário e desumano utilizado pelos hospitais psiquiátricos, oferecendo-lhes tratamento médico, psicológico e terapêutico a fim de incentivar sua reinserção na sociedade. Neste espaço está inserido o profissional de Serviço Social atuando no sentido de buscar a “inclusão” desses indivíduos em seu meio familiar. No período de 2012 a setembro de 2013 participamos das atividades do referido Centro, realizamos visitas domiciliares e institucionais, participamos de acolhimentos, dos grupos de família, das oficinas terapêuticas e também propomos um plano de ação com o objetivo de realizar palestras e oficinas com os usuários e familiares inseridos no Grupo de Família fazendo a exposição dialogada sobre os direitos de cidadania. Abordamos vários temas, dentre eles o Benefício da Prestação Continuada (BPC), a aposentadoria, a violência, entre outros. Neste período foi perceptível as dificuldades pelo qual os assistentes sociais enfrentam para a realização de suas atividades, visto que a estrutura da instituição é inadequada. Deste modo, o retrato do CAPS II – Novos Tempos é o reflexo de um quadro mais geral de sucateamento das políticas públicas, que envolve falta de recursos financeiros, materiais e humanos que compromete a qualidade e o alcance do atendimento daqueles que precisam do serviço, caracterizado como indicativos da debilidade da política de saúde mental no município de Campina Grande.