Introdução: O uso abusivo do álcool pode trazer prejuízos à saúde de um indivíduo, incluindo alterações motoras como no equilíbrio corporal e na qualidade da marcha. Essas funções corporais são responsáveis pela realização de movimentos de aceleração, rotação, deslocamento sem oscilações e desvios ou quedas. A dependência química do álcool pode trazer disfuncionalidade acarretando na diminuição da qualidade de vida do alcoolista. Objetivo: Avaliar a função do equilíbrio corporal e da marcha de alcoolistas assistidos pela unidade do Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) em Campina Grande-PB. Material e Métodos: Trata-se de pesquisa quantitativa descritiva realizada no CAPS AD no período de junho 2012 a fevereiro de 2014. Foram sujeitos dependentes químicos que frequentam oficinas realizadas pelo Programa Educação e Prevenção ao Uso de Álcool, tabaco e Outras Drogas (PEPAD) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) na cidade de Campina Grande – PB.A amostra contou com 17 alcoolistas, do sexo masculino com idades entre 30 e 60 anos, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Para avaliação cinético funcional foi aplicada a Escala de Avaliação do Equilíbrio e Marcha, Índice de Tinetti. Resultados: A média de tempo de uso da substância foi de 26,7 anos. A média de score atingida da escala de equilíbrio foi de 13,52, sendo 16 o escore máximo, e na escala de marcha foi de 10,17, sendo 12 o escore máximo. Sabe-se que quanto menor for o score, maior a suspeição de déficit de equilíbrio. Dos 17 alcoolistas estudados, apenas um atingiu a pontuação máxima de 28 pontos, enquanto os demais apresentaram pontuação inferior ao escore máximo do índice de Tinetti, denotando algum déficit no equilíbrio e marcha. Conclusão: Conclui-se que as funções corporais de equilíbrio e marcha dos alcoolistas avaliados se encontram alterados visto que apenas um avaliado apresentou score máximo no índice de Tinetti. Sabe-se que a dependência química ao álcool pode alterar o equilíbrio e a marcha, fazendo-se necessário a continuidade da avaliação da função corporal através de outros protocolos, além da investigação de outras variáveis que podem interferir na qualidade de vida do dependente químico.