A Organização das Nações Unidas, estima que há cerca de 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, sendo que 80% vivem em países em desenvolvimento. Segundo Dados do Censo Demográfico, existem no Brasil 45,6 milhões de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, este número corresponde a 23,9% da população brasileira. Do total de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, 7,6% dessa população apresentam perda auditiva severa.Dentre as pessoas portadoras de deficiências, incluem-se os deficientes auditivos que, segundo o Censo Demográfico, abrangem 9,7 milhões de brasileiros, o que representa 5,1% da população brasileira. A privação auditiva se configura como um grave distúrbio neurológico sensorial que afeta a capacidade de comunicação oral e de aprendizagem deste tipo de clientela.Para a realização desta pesquisa, optou-se por uma revisão da literatura tendo por finalidade analisar os estudos referentes á inclusão do ensino de Libras como disciplina obrigatória nos cursos de formação profissional na área da saúde. Foram analisados 06 artigos publicados nos últimos oito anos que enfatizou o ensino de Libras para formação profissional na área da saúde, pessoas portadoras de deficiências, deficiência auditiva e educação em saúde.A pesquisa e escolha dos artigos eletrônicos foram realizadas tendo como base os periódicos da SCIELO, Google Acadêmico, LILACS e BIREME. As palavras-chave utilizadas foram: Deficiência auditiva, libras, educação em saúde. O levantamento das publicações foi realizado entre 17 de janeiro de 2014 a 19 de fevereiro de 2014. A deficiência auditiva, é caracterizada pela perda total ou parcial da capacidade de ouvir, manifesta-se como surdez leve e moderada, e surdez severa ou profunda. Assim como na visual, as pessoas portadoras de deficiência auditiva podem ser afetadas na sua aprendizagem e no seu desenvolvimento integral. No campo da saúde, é possível observar as inúmeras irregularidades existentes e obstáculos presentes na vida cotidiana do portador de deficiência. Entre elas estão o despreparo e falta de capacitação dos profissionais da saúde, principalmente no que diz respeito ao atendimento,á precariedade dos serviços de saúde prestados, a desigual distribuição de recursos destinados para a área da saúde e dificuldades enfrentadas pelos deficientes em acessibilidade ás edificações que prestam serviços na área. Por meio da comunicação estabelecida com o paciente, o profissional pode compreendê-lo como ser holístico, e perceber sua visão de mundo, isto é, seu modo de pensar, sentir e agir. Dessa forma, poderá entender as necessidades do paciente e, assim, prestar assistência adequada, minimizando seu sofrimento. A proposta que se torna necessária é que os profissionais da Saúde, principalmente aqueles componentes da Atenção Básica e da Saúde da Família sejam capacitados para se comunicarem de maneira eficiente com tais clientes.Essa capacitação se concretizaria na oferta de cursos de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) a todos os profissionais de Saúde de tais áreas, para que pelo menos esses profissionais tenham um mínimo de entendimento necessário para o atendimento do paciente. Desta forma, faz-se necessário que as equipes de saúde possuam profissionais capacitados para a comunicação através da linguagem de sinais atendendo as necessidades dos deficientes auditivos, para que se possa oferecer um atendimento de qualidade de acordo com a necessidade do deficiente.