INTRODUÇÃO: A violência contra a mulher (VCM) é qualquer ato de violência baseado no gênero que resulte em dano físico, sexual ou emocional para as mulheres, constituindo-se em uma violação dos direitos humanos. A (VCM) envolve questões como invisibilidade social, impunidade dos casos, medo do agressor, despreparo do manejo por profissionais de saúde, não reconhecimento como problema na área da saúde e dificuldade de articulação intersetorial para processo de referência e contra-referência. OBJETIVO: Caracterizar as principais formas de enfrentamentos, os fatores associados e a prevalência da violência contra a mulher em grupo de mulheres cadastradas no programa de planejamento familiar de uma unidade de saúde na cidade de Cajazeiras-PB. METODOLOGIA: O estudo é de natureza exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. Foi utilizado para a coleta de dados um questionário sociodemográfico, utilizado em estudos na cidade de Campina Grande, no período de Abril a Agosto de 2012, que orientou na adequada identificação dos objetivos propostos. RESULTADOS: Verificou que 77% das mulheres haviam sofrido algum tipo de violência, sendo a psicológica a mais prevalente com 67%. As variáveis apontadas como precursoras da violência com 39% foi o álcool, seguida do ciúme com 32%. Diante da violência sofrida, 30% das mulheres não tomaram nenhuma providência diante da violência sofrida, denúncias na delegacia comum e delegacia da mulher totalizaram 30% e 23% procuraram ajuda de familiares. Evidencia-se que a maioria das mulheres que denunciaram voltou para casa com 57%. A ausência da denúncia ocorreu pela esperança que a situação mude com 33%, pela dependência financeira com 26% e pelos filhos com 22%. CONCLUSÃO: O setor de planejamento familiar da estratégia de saúde da família constitui-se em uma importante ferramenta para a detecção de mulheres em situação de violência, auxiliando como porta de entrada na prevenção e enfrentamento a violência contra a mulher e contribuindo para o fortalecimento das políticas públicas.