Introdução: O câncer infantojuvenil é considerado a segunda causa de mortes na infância. Crianças com câncer geralmente apresentam inapetência, fato este que pode contribuir para alterações do Estado Nutricional, como a desnutrição proteico-calórica, e consequentemente aumento do risco de infecções e redução da resposta ao tratamento. Assim, o objetivo do estudo é avaliar o Estado Nutricional com base em medidas antropométricas de crianças de 0 a 10 anos com câncer assistidas em um Hospital Filantrópico. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, realizado com 30 crianças diagnosticadas com câncer, de ambos os sexos, com idade entre 0 a 10 ano, assistidos em um Hospital Filantrópico de referência na cidade de Teresina-PI. As informações referentes ao histórico da doença foram coletadas nos prontuários dos pacientes. As variáveis antropométricas utilizadas foram peso e altura, aferidos através de balança pediátrica e antropômetro horizontal para crianças de 0 a 2 anos, e balança mecânica e fita métrica para crianças de 2 a 10 anos. O Estado Nutricional foi estimando por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) de acordo com as recomendações proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tanto para menores de 5 anos, como para crianças a partir dos 5 anos. Os dados foram processados no software SPSS versão 20.0, para obtenção dos valores médios, desvio padrão e frequência simples. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Santo Agostinho, conforme o parecer Nº 327/10 e todos os responsáveis pelas crianças assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A maior parte da amostra, 56,7% (n=17) foi composta por crianças do sexo masculino. A média de idade foi de 6,2 anos (±2,3). Em relação ao tipo de câncer diagnosticado nas crianças, a Leucemia Linfoblástica Aguda foi o mais prevalente com 47% dos casos. Quanto ao Índice Peso para Idade (P/I) observou-se que 20% das crianças estavam com peso baixo para idade. Quanto ao Estado Nutricional no grupo das crianças de 0 à 5 anos, 37,5% apresentaram desnutrição, onde 12,5% foram classificadas com magreza e 25% magreza acentuada. No grupo de crianças de 5 a 10 anos, 13,5% estavam com desnutrição, considerando que 4,5% e 9,0% foram classificadas com magreza e magreza acentuada, respectivamente. Conclusão: A partir dos dados analisados pode-se perceber em relação ao Estado Nutricional, que as crianças apresentam uma elevada frequência de desnutrição. Desse modo, destaca-se a importância de um suporte nutricional para uma melhor qualidade de vida dessas crianças.