Introdução: A assistência de enfermagem à saúde do recém-nascido tem se desenvolvido, buscando adaptar-se às mudanças ocorridas nos perfis epidemiológicos e demográficos da infância, valorizando a importância do trabalho multiprofissional e a preocupação com a qualidade de vida como contribuição para a modificação no cuidado infantil. Objetivo: Este trabalho visa investigar a relação entre a assistência de enfermagem à crianças na atenção primária à saúde, contemplados pela literatura científica. Metodologia: Este trabalho é uma revisão sistemática da literatura científica, realizada junto à base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde. Os dados relacionados ao tema foram coletados utilizando os seguintes descritores: enfermagem, atenção primária à saúde e recém-nascido. Foram identificados 265 artigos completos, sendo, destes, 13 considerados pertinentes ao objeto de estudo. Os artigos selecionados preenchiam os seguintes critérios: foram publicados nos últimos 3 anos e em português, contemplavam recém-nascidos como sujeitos da pesquisa e abordavam a temática de forma abrangente, sem focar nenhuma patologia específica. Resultados e discussão: Mediante a investigação da literatura, observou-se inicialmente que é apresentada a devida importância ao RN no pós-parto, visando reduzir as complicações e garantir o atendimento através da assistência de enfermagem na atenção básica na primeira semana após a alta hospitalar (preconizado pelo Ministério da Saúde), incentivando o aleitamento materno adequado, aumentado à cobertura vacinal e a realização do Teste do Pezinho, consequentemente, garantindo o diagnóstico precoce de intercorrências e a diminuição das complicações puerperais e neonatais. Em segundo aspecto, constitui-se na estratégia que busque assegurar a articulação entre os hospitais e os serviços da rede básica de saúde, focando, integralmente, à população materno-infantil, facilitando o aceso aos serviços de saúde e continuidade da assistência. Partindo deste pressuposto, políticas municipais se estruturam para o atendimento ao recém-nascido, através da identificação das necessidades locais e disponibilidade de recursos, visando oferecer uma saúde integral à criança e redução da mortalidade infantil. Uma terceira observação diz respeito a que a promoção da saúde ao recém-nascido implica no agir/intervir no contexto familiar, no entanto, essa aproximação é reconhecida como positiva e diferenciada. Com isso, o estabelecimento desse vínculo entre família e criança é também construído nos encontros entre profissional, mãe e comunidade, a partir da circulação de afetos e responsabilidades. Conclusão: Conclui-se que, na atenção básica, é imprescindível uma efetiva articulação entre a assistência pré-natal, o nascimento e o período pós-natal, proporcionando condições de crescimento e desenvolvimento saudável e da melhor forma possível ao recém-nascido, de acordo com seu contexto e adaptação à moradia e família. A partir disso, a preocupação e compromisso da enfermagem na busca de novos conhecimentos e práticas é indispensável ao avanço das contribuições no cuidado de enfermagem e nas políticas públicas do país.