Introdução: A Síndrome de Down é uma alteração cromossômica que se caracteriza pela trissomia do cromossomo 21. É uma das alterações genéticas mais presentes em populações humanas, provocando um desarranjo na manifestação dos genes, o que dá origem a diversas características próprias. Entre tais pode-se citar: defeitos cárdio septais, hipotonia muscular, deficiência no sistema imune, comprometimento intelectual e doença de Alzheimer. Apesar destas alterações atreladas à síndrome de Down, estímulos adequados podem proporcionar uma vida saudável e plena inclusão social às pessoas com Down, fator decisivo para o desenvolvimento físico e intelectual. Objetivo: Investigar as terapêuticas existentes que colaboram para melhoria da qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. Metodologia: Revisão Sistemática, com trabalhos publicados entre 2005 e 2013, utilizando-se o Google Acadêmico e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os descritores utilizados na busca de dados, foram “Síndrome de Down” e “Trissomia do 21”, os quais conduziram pesquisa às bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Os dados obtidos foram analisados e categorizados em virtude de sua relevância para o estudo. Resultado: Entre as terapêuticas e as propostas de cuidado para a pessoa com Down que mostraram melhores resultados estão a compreensão do processo saúde doença, normal-patológico, a elaboração multiprofissional do plano de cuidado, as metas terapêuticas, o envolvimento dos profissionais, da família e do indivíduo, o aconselhamento genético junto a pessoa com Down relativo aos riscos de reaparecimento de problemas genéticos e na compreensão do prognóstico realizado pela equipe multidisciplinar ou interdisciplinar. Ainda no cuidado, é importante que se utilize, para o bom desenvolvimento da pessoa com Down, a clínica ampliada que leva em consideração a integralidade do cuidado, devendo preconizar o trabalho humanizado e o fortalecimento da autonomia e protagonismo dando ao sujeito lugar de produto e produtor da sua realidade. Conclusão: Na literatura pesquisada, a maioria dos trabalhos relata uma natureza qualitativa, e não quantitativa, dos indicadores de eficácia dos tratamentos e abordagens à pessoa com Down e sua família. Desse modo, é possível perceber que os elementos mais descritos são: o acompanhamento familiar, a elaboração multiprofissional do cuidado, o aconselhamento genético e a compreensão do processo saúde doença. É possível ainda, inferir pelas fontes analisadas que as pessoas com Down, apenas tem suas dificuldades no desenvolvimento mais destacadas, mas com o acompanhamento adequado suas habilidades podem ser desenvolvidas. Assim, o uso das terapêuticas necessárias, o acompanhamento e a informação familiar são de vital importância para que as pessoas com síndrome de Down possam ter um bom desenvolvimento e alcançar uma excelência na sua qualidade de vida.