INTRODUÇÃO: O termo ostomia significa boca e tem como objetivo a exteriorização de uma víscera do organismo e fixa-la à parede abdominal. São classificadas como temporárias ou definitivas segundo o segmento exteriorizado. A colostomia é uma derivação cirúrgica na porção do intestino grosso e essa alça é acoplada à parede abdominal havendo o desvio das fezes para a bolsa coletora. A confecção de uma colostomia é necessária quando há remoção do colón distal ou do reto, impossibilitando a evacuação usual. O acervo de materiais sobre essa população de pacientes no Rio Grande do Norte ainda é escasso, o que torna importante a investigação sobre as características desses pacientes. OBJETIVO: Analisar o perfil dos colostomizados atendidos na Associação de Ostomizados do Rio Grande do Norte (AORN). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado na AORN. A população foi composta por 533 colostomizados cadastrados na instituição desde 1991. A coleta de dados ocorreu entre os meses de novembro de 2013 e janeiro de 2014, a partir das fichas cadastrais dos ostomizados. Os dados obtidos foram inseridos em planilhas do Excel e analisados no SPSS, quanto à estatística descritiva. O presente estudo foi analisado pela Comissão de Ética em Pesquisa/UFRN (Protocolo n.421.342/13), por tratar-se de pesquisa com seres humanos. RESULTADOS: a análise das caraterísticas dos pacientes ostomizados mostrou que 50,1% eram homens e 49,9% mulheres, a maioria era casado (47,7%), seguido dos solteiros (30%), viúvos (15,4%), separados (4,7%) e ignorados (2,2%). Quanto à renda familiar a maioria tinha renda de até um salário mínimo (67,5%), seguido de dois a cinco salários mínimos (23,9%), seis salários mínimos ou mais (6,5%) e 6,2% não tinham informação de renda. Com relação à faixa etária, a maior parte dos colostomizados tinha mais de 59 anos (55,2%) e os demais (44,8%) tinham até 59 anos. No que se refere à escolaridade 53,6% estudaram até o ensino fundamental, 22,7% eram analfabetos, 14,2% tinham ensino médio e 5,5% chegaram ao ensino superior. A análise da cor da pele mostrou que houve predomínio da cor parda (47,5%), seguido da cor branca (37,9%) e negra (5,1%). CONCLUSÃO: Nota-se que o estado do Rio Grande do Norte tem um número expressivo de colostomizados e há poucos estudos sobre o tema nessa região. Observou-se que a maior parte dos colostomizados é do sexo masculino, casado, pardo, tem mais de 59 anos, renda mensal de até um salário mínimo e possui ensino fundamental. É importante que os profissionais de saúde conheçam o perfil desses pacientes para planejar ações e cuidados de saúde específicos para essa população, com vistas a melhorar a qualidade da assistência.