INTRODUÇÃO: A quantidade de idosos, em todo o mundo, tem crescido de modo significativo, consequentemente vem ocorrendo um aumento expressivo na incidência de doenças neuropsiquiátricas, incluindo-se vários tipos de demências. Tais patologias são caracterizadas, segundo o DSM-IV, por declínio de memória associado ao déficit de pelo menos uma função cognitiva (linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas) interferindo diretamente na qualidade de vida do indivíduo. OBJETIVOS: Fornecer um quadro geral sobre os aspectos clínicos das demências típicas da população idosa. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica e exploratória com análise qualitativa, cujas informações foram coletadas em artigos científicos da Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando os descritores: Saúde do Idoso, Neurologia, Geriatria; com enfoque nas síndromes demenciais mais frequentes nos idosos, publicados no período de 2002 a 2010. RESULTADOS: De acordo com a bibliografia pesquisada, as síndromes demenciais podem ser classificadas em dois grupos: reversíveis e irreversíveis. O primeiro grupo compreende as demências relacionadas à depressão, à deficiência de vitamina B12, ao hipotireoidismo, a neoplasias do SNC e à hidrocefalia de pressão normal. O segundo grupo, por sua vez, abrange a doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência mista, a demência fronto-temporal e a demência por corpos de Lewy.Alterações neurofisiológicas de natureza variada, desde acúmulo de placas amiloides até alterações cerebrovasculares cursam com manifestações clínicas comuns, como: comprometimento de memória recente e de longo prazo, alterações cognitivo-comportamentais, perturbações auditivas e/ou visuais,dicinesia, afasia, dentre outras. Para o diagnóstico, o clínico conta com anamnese apurada, testes preconizados aplicados em consultório, exames laboratoriais e de neuroimagem (tomografia por emissão de pósitrons - PET, ressonância magnética, tomografia por emissão de fóton único – SPECT). CONCLUSÃO: Em linhas gerais, podemos inferir que a avaliação clínica é de extrema relevância por fornecer informações cruciais para o reconhecimento das demências enfocadas nesta revisão, uma vez que, o prognóstico do paciente é dependente da acurácia do médico (a) consultado (a), culminando com a estabilidade desse, fundamental para a manutenção da sua representatividade sócio-econômica vida social.