INTRODUÇÃO: Fístula é definida como uma comunicação anormal entre duas vísceras. É denominada de acordo com os segmentos comunicantes. São complicações de procedimentos cirúrgicos que a depender da região que esteja localizada, causam, distúrbios hidroeletrolíticos, má nutrição e em geral elevadas taxas de mortalidade, aumentam ainda o tempo de internação e os gastos hospitalares. A carência de estudos desenvolvidos a respeito do tema no estado do Rio Grande do Norte torna difícil a identificação dos números e do perfil de pessoas que possuem fístulas, prejudicando até mesmo o atendimento oferecido a esses indivíduos. Torna-se importante identificar esses números com intuito de aprimorar as ações dos profissionais para essa clientela justificando deste modo, o desenvolvimento deste estudo. OBJETIVO: Conhecer o quantitativo de pacientes portadores de fístulas atendidos pela Associação de Ostomizados do Rio Grande do Norte (AORN). METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo do tipo exploratório retrospectivo com abordagem quantitativa, na AORN, que é centro de referência para dispensação de materiais e acompanhamento dos ostomizados desta região, a população conta com 4 pacientes portadores de fístula cadastrados na associação desde 1991. A coleta de dados ocorreu nos meses de novembro de 2013 a janeiro de 2014 com base nas fichas de cadastro de cada paciente. Após os dados serem colhidos, foram digitados em planilhas do programa Microsoft Excel 2007 e em seguida analisados por um programa estatístico, o SPSS. Por se tratar de uma pesquisa com seres humanos, o estudo foi condicionado à apreciação da Comissão de Ética em Pesquisa/UFRN (Protocolo n.421.342/13) garantindo o anonimato e a privacidade dos pesquisados. RESULTADOS: Observou-se que do número total de pacientes analisados (697) apenas 4 pessoas possuíam fístulas, sendo 50% homens e 50% mulheres. Quanto ao estado civil, 75% são casados e apenas 1 paciente (25%) é solteiro. 50% dos pacientes possui renda mensal de até um salário mínimo, 1 paciente (25%) possui renda de até dois salários mínimos e o outro paciente não possui renda mensal. Com relação a faixa etária, 50% possuem faixa etária até 59 anos e as os demais têm idade superior à 59 anos. Referente a escolaridade, percebe-se que a maioria dos pesquisados (75%) estudaram até o ensino fundamental e 1 paciente (25%) é analfabeto. Ao tratar-se de cor, houve predominância da cor branca 75%, ou seja, seguida da cor parda 25%. CONCLUSÃO: Percebe-se que não houve predomínio quanto ao sexo e idade, no entanto prevaleceu pacientes casados, brancos, com renda mensal de até um salário mínimo e que cursaram até o ensino fundamental. Desta forma, observa-se que apesar de não ser significativo o número de fístulas encontrado, ainda assim é de grande importância a atenção que deve ser voltada para a temática, uma vez que, a presença desta fístula apresenta consequências graves que coloca em risco a vida do indivíduo, sendo essencial a atuação dos profissionais da saúde na assistência desses pacientes, de modo a reconhecer suas particularidades e suprir suas necessidades.