ESTUDO COMPARATIVO DA BIOCOMPATIBILIDADE APÓS O USO DE SISTEMAS ADESIVOS EM DENTES HUMANOS
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Entretanto, o procedimento restaurador exerce papel importante na terapia de polpas vitais e deve respeitar os preceitos biológicos para que a restauração alcance plenitude funcional. Biocompatibilidade é a habilidade que um material possui de promover uma resposta biológica apropriada. Esta propriedade dos materiais restauradores é extremamente desejável, uma vez que estes devem estar intimamente ligados ao dente para promover adesão. Os adesivos dentinários foram desenvolvidos para atuar como agentes intermediários de união em restaurações onde são utilizados os compósitos. Como a causa dos efeitos indesejáveis à polpa, em decorrência do uso desses sistemas de adesão, não está bem definida, podendo ser tanto o ácido empregado no condicionamento ou próprio adesivo. Objetivos: Este estudo tem como objetivo avaliar a atuação de sistemas adesivos (autocondicionante e convencional) em cavidades de dentes humanos in vivo, em diferentes intervalos de tempo experimentais, quanto à biocompatibilidade por meio da análise da morfologia do tecido pulpar. Metodologia: Foram selecionados dentes terceiros molares humanos com indicação de exodontia por razões diversas. Os sistemas adesivos utilizados foram: XP Bond - que utiliza a técnica do condicionamento total e FUTURABON DC– adesivo autocondicionante. Após confecção das cavidades, com profundidade de aproximadamente 2mm de distância do teto da câmara pulpar os sistemas adesivos foram aplicados e em seguida foi realizada restauração com resina composta. Para os grupos controles procedeu-se a aplicação do forro com cimento de hidróxido de cálcio, e posterior restauração com amálgama de prata. Os grupos foram divididos de acordo com o intervalo de tempo e o material utilizado. Para cada intervalo de tempo de 30, 90 e 120 dias, foi feito 5 espécimes para cada material testado (XP BOND e FUTURABOND DC) e 5 espécimes para cada grupo controle. Nos intervalos de 30, 90 e 120 dias após o procedimento restaurador os dentes foram extraídos. Na etapa laboratorial os dentes foram preparados para serem corados pela técnica Hematoxilina-Eosina (H.E). As lâminas foram analisadas em microscópio de luz convencional. Sendo considerado o grau do processo inflamatório pulpar (0, 1, 2 e 3) e a organização de tecido pulpar. Resultados: Para o XP Bond nos três tempos o processo inflamatório foi grau 1 e observou-se desorganização do tecido pulpar, para o FUTURABOND DC para os três tempos o processo inflamatório foi grau 1, com morfologia tecidual pulpar normal. Para os grupos controles nos tempos de 30 e 90 o infiltrado inflamatório foi grau 1, com organização do tecido pulpar, no tempo de 120 dias o grau foi 2, com desorganização do tecido pulpar. Conclusões: Os sistemas adesivos XP BOND e FUTURABOND DC quando aplicados a 2 mm da câmara pulpar, nos intervalos de tempos de 30, 90 e 120 dias induziram resposta inflamatória reversíveis no tecido pulpar. Considerados neste estudo como materiais biocompatíveis." 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