Introdução: A Saúde no Presídio, além de representar especificidades vem a implementar um conjunto de ações e serviços de saúde in loco, buscando promover qualidade de vida para a população carcerária, garantindo o acesso a uma assistência integral à saúde com equidade, despertando como novo panorama de questões e exigências com as quais precisam conviver na busca do cumprimento do mandamento constitucional de que "a saúde é um direito de todos e dever do Estado". Objetivos: Analisar as ações de saúde da mulher para a população feminina de um Presídio do Sertão Paraibano, bem como, orientar às boas práticas no que se diz respeito à saúde da mulher. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciada e desenvolvida num presídio do sertão com mulheres em privação de liberdade, desenvolvido na disciplina Processo do Cuidar em Saúde da Mulher I. As visitas foram realizadas nos dias 11 e 18 de abril de 2012, vale ressaltar que todos os aspectos éticos envolvendo pesquisas com seres humanos foram adotados. Resultados: No contexto da visita in loco no presídio, foi analisada a assistência à promoção da saúde e a prevenção de doenças no sistema prisional e que estas ações é inexistentes a saúde das detentas, por acharem que as pessoas em privação de liberdade não tem direito ao acesso a saúde. Foi observado que a assistência às pessoas privadas de liberdade é realizada no hospital regional quando há presença de patologia instalada. Ao mesmo tempo foi relatado o direito de um encontro semanal. Apesar de terem relação sexual ativa com seus parceiros, as detentas relataram privação ao acesso ao planejamento familiar, prevenção do colo do útero e de mama. Depois de obtidas as informações objeto de nosso estudo, as detentas foram orientadas quanto à importância e como procede ao exame Papanicolau e a Mamografia, realização do auto teste da mama na detenção de nódulos bem como os cuidados com a mama, orientação à realização de busca ativa e exames para diagnóstico, por se tratar de área de risco. Assim a detenta apresentou um desejo de realizar os exames preventivos e de relatar sua experiência aos acadêmicos, e como é importante a prevenção. “A importância dessa visita para nos manter informados, já que aqui somos esquecidos e por parte da direção o desejo de realizar uma busca ativa”. Conclusões: Os resultados mostraram ao longo da visita, que a assistência às pessoas privadas de liberdade é hospitalocêntrico, centrada na doença e na administração medicamentosa. Entretanto, o fato de existir uma população restrita e um sistema fechado com aglomeração de pessoas, é evidente que as detentas estão susceptíveis as doenças infectocontagiosas, ressaltando a importância de implantação de uma Estratégia de Saúde da Família in loco, para assistir as detentas que necessitam da assistência à promoção da saúde e prevenção de doenças, reduzindo os números de ocorrências existentes naquela Unidade Prisional.