Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônica com prevalência crescente entre as crianças, podendo ser secundária a outras patologias, relacionadas com problemas renais, cardíacos e doenças endócrinas, ou ainda pode ser primária ou essencial, de causa idiopática. Os fatores de risco para seu surgimento podem ser modificáveis e não-modificáveis. Hoje se sabe que os fatores associados à hipertensão arterial entre adultos podem ser detectados ainda na infância. Objetivo: Relatar por meio da literatura os fatores de risco para hipertensão arterial na infância. Metodologia: revisão sistemática, realizada no mês de fevereiro de 2014, nas bases de dados Sciello e Lilacs, por meio dos descritores: infância, hipertensão e fatores de risco. Inicialmente encontramos 44.400 artigos, após a associação dos descritores, trabalhos publicados entre os anos de 2010 e 2013, escritos na língua portuguesa e publicados na íntegra, foram encontrados 12 artigos sendo utilizados para este estudo apenas 07 que se enquadraram no perfil da temática. Resultado: Embora menos frequente em crianças, na infância, a hipertensão arterial sistêmica, também possuem fatores modificáveis e não modificáveis. Organizando de uma forma mais clara apresentamos a diante os fatores não modificáveis: idade, sexo e a história familiar, baixo peso ao nascimento aliado a prematuridade são apontados como fortes desencadeantes ao desenvolvimento deste agravo. Com relação aos fatores modificáveis elencamos: índice de massa corporal elevado evidenciado por obesidade infantil que causa lesões arteriais nas paredes vasculares trazendo consequências em curto e longo prazo, causando danos ao sistema cardiovascular e o consequente aumento da pressão arterial, geralmente esta associada a um perfil lipídico anormal, com aumento da concentração de colesterol total, triglicerídeo e LDL, e diminuição de HDL caracterizadas com dislipidemias. Os maus hábitos alimentares com elevada frequência de consumo de fast food, alimentos gordurosos em geral e riscos em sódio, bebidas açucaradas e guloseimas, com frequência menor no consumo de frutas, hortaliças e leguminosas, acarreta uma menor ingestão de micronutrientes, aliado ao sedentarismo que contribui significativamente para diminuição do nível de atividade física e surgimento da hipertensão na infância. Conclusão: os fatores de risco não modificáveis da hipertensão arterial na infância podem ser detectados, de forma precoce, o que auxilia no controle e tratamento da doença. Assim como, os fatores modificáveis podem ser colocados em pratica, como a mudança para hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física, além de identificar e evitar de forma abrupta o aparecimento de doenças cardiovasculares prematuras, favorecendo o crescimento e o desenvolvimento de um adulto saudável.