INTRODUÇÃO: As drogas são substancias que ao serem consumidas provocam alterações no funcionamento do organismo, sendo a adolescência uma fase vulnerável, pois é uma etapa do desenvolvimento que suscita grandes preocupações quanto ao consumo de drogas, pois constitui uma época de exposição. Uma ferramenta útil nesta situação é a educação em saúde que se constitui como uma prática social ou processo que contribui para a formação e desenvolvimento da consciência crítica das pessoas, a respeito de seus problemas de saúde e estimula a busca de soluções e a organização para a ação coletiva. OBJETIVO: Desenvolver atividades de educação em saúde sobre drogas na adolescência, traçar perfil socioeconômico dos estudantes, informar a respeito dos malefícios que o uso de drogas causa na adolescência e identificar conhecimento e atitude antes das intervenções educativas. METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo e transversal. A população foi constituída de todos os estudantes matriculados na referida escola, após uso de formula para população finita ficou uma amostra de 64 estudantes, a coleta de dados ocorreu na própria escola, os alunos responderam um questionário e em seguida foram iniciadas as intervenções de educação em saúde através de um programa educacional estruturado com dez horas aulas distribuído em cinco encontros. Os dados foram organizados por meio dos softwares Excel 2010 e processados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Foram atendidas as exigências das Diretrizes e Normas da pesquisa com Seres Humanos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UFPI, reconhecido pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS) possuindo aprovação pelo Certificado de Apresentação para a Apreciação Ética de nº 20827213.1.0000.5214. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram do estudo 64 adolescentes de ambos os sexos, sendo 56,3% do sexo feminino, com média de 15,2 anos, 59,4% se auto referiu da cor parda, 85,9% relataram ser católico e 46,9% cursavam a 1ª série do ensino médio. Dos questionados, 95,3% disseram não ter usado nenhum tipo de droga. Quanto interrogados sobre o nível de conhecimento a respeito das drogas, 60,9% afirmaram que consideram médio. No tocante se álcool e cigarro são drogas licitas, 84,4% opinaram que sim. Entre os motivos que levam alguém a usar drogas, 65,6% afirmaram que a curiosidade e 57,8 % relataram que a influência de amigos. Dentre motivos que levam alguém a se manter afastado das drogas, 50,0% dos entrevistados relataram família e 41,2% referiram que o medo. Quando perguntados motivos que acreditam ser a pior consequência do uso de drogas, 50,0% responderam que dependência e 59,3% opinaram que morte. CONCLUSÃO: Através desse estudo pode-se perceber que o conhecimento que esses adolescentes tem sobre a temática é relevantes. A escola ainda constitui o melhor local para que essa faixa etária aprenda tais conhecimentos. Nesse contexto a educação em saúde vem propiciar a descoberta de novos conhecimentos e alertá-los para esse assunto que nos dias atuais atinge grande parte dos jovens que se encontram vulneráveis ao risco do consumos de drogas.