LOPES, Maria Do Socorro Rolim et al.. Parto vaginal na perspectiva de puérperas. Anais CONACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/5409>. Acesso em: 24/11/2024 22:02
INTRODUÇÃO: O parto vaginal deve ser entendido como um momento de alegria e não de doença, neste sentido, tratar a mãe de forma humanizada, com delicadeza, segurança e conforto, promovem a socialização da felicidade, tornando-o uma prática comum, saudável tanto para a mãe, quanto para o seu bebê. Na atualidade esta concepção ainda não se concretizou em sua essência, existindo deste modo, a necessidade de mudança no paradigma da assistência a esta prática. OBJETIVOS: Analisar a experiência das puérperas submetidas ao parto vaginal atendidas em duas Unidades de Saúde da Família do município de Cajazeiras-PB e descrever os sentimentos revelados pelas puérperas acerca deste tipo de parto. METODOLOGIA: Estudo de campo, com abordagem descritiva de cunho quanti-qualitativo, realizado junto a 30 puérperas cadastradas em duas Unidades de Saúde do referido município. Esta pesquisa respeitou os preceitos éticos da resolução 466/12 que versa sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Os dados foram coletados através de um roteiro de entrevista semi-estrutrado e analisados com o auxílio da estatística descritiva simples e a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo proposto por Lefréve. RESULTADOS: Os resultados apontam que a maioria das entrevistadas possui idade entre 20 e 25 anos, são casadas e primíparas. A partir da ideia central dos discursos dos sujeitos, identificamos que o parto vaginal foi para estas mulheres uma experiência de muita dor, entretanto, gratificante em sua conclusão. As puérperas conhecem os benefícios do parto vaginal e mesmo considerando-o como doloroso, preferem-no em caso de vir a ter outros filhos. CONCLUSÃO: O parto vaginal continua sendo a melhor opção de parir, mesmo sendo uma experiência dolorosa, a sua escolha traz inúmeros benefícios ao binômio mãe\filho. Isto posto, cabe aos profissionais de saúde que atuam na assistência obstétrica preparar as gestantes para este tipo de parto, sensibilizando-as no sentido de que mesmo com a dor, a vivência do parto vaginal é uma experiência ímpar e benéfica na vida da mulher. Destarte, desde o pré-natal até o momento do parto, são necessárias ações e/ou estratégias multiprofissionais que promovam o emponderamento da parturiente frente ao seu protagonismo no parto vaginal.