Introdução: O termo pênfigo é usado para designar lesões vesículobolhosas que comprometem tanto o tecido mucoso quanto o cutâneo. Constitui-se quase que exclusivamente numa enfermidade que acomete pacientes da idade adulta, sem predileção por sexo. As lesões podem ser localizadas ou generalizadas, sendo comum no couro cabeludo, face, axilas e virilhas, que ao rompimento, deixam grandes áreas erosivas e exsudantes. É uma doença autoimune, grave e crônica, com períodos de remissão e exacerbação, que pode evoluir para o óbito se não for tratada. Para que a enfermagem se insira no contexto do tratamento, é necessário que haja instrumentos de avaliação voltados para o cuidar. Nessa interface, surge a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que é apresentada como um modelo metodológico ideal para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos na prática assistencial. É constituída por fases ou etapas que envolvem a identificação de problemas de saúde, o delineamento do diagnóstico de enfermagem, a construção de um plano de cuidados, implementando e avaliando as ações. Objetivo: Destacar a sistematização da assistência de enfermagem prestada no cuidado a um paciente portador de pênfigo vulgar. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, despertado no Estágio Curricular Supervisionado I, realizado na Unidade Básica de Saúde João Bosco Braga Barreto, na cidade de Cajazeiras, foi prestado a assistência, acompanhando um paciente portador de pênfigo vulgar, realizando visitas domiciliares e aplicando o processo da SAE, sendo os procedimentos registrados através de arquivos fotográficos, seguindo os preceitos éticos e legais da resolução Nº 466/2012 que realiza pesquisa com seres humanos. Resultados: Cliente A.G.M. 83 anos, sexo masculino, cor branca, procurou a unidade com queixa de prurido e apresentando rubor, onde foi prescrita a medicação de uso tópico e orientado quanto o seu uso. Após uma semana, a equipe de Enfermagem foi solicitada para uma visita domiciliar, onde o paciente encontrava-se bastante agitado, ansioso, com queixa de dor forte. Ao exame constatado a presença de várias lesões erosadas e exudativas na mucosa e no corpo. Foi realizado o encaminhamento, sendo diagnosticado o Pênfigo vulgar, e logo em seguida iniciado o tratamento com Calcort, Levofloxacino e rosina amarelada. A equipe construiu um plano de cuidados, através da formulação de diagnósticos e as respectivas ações, baseado nas necessidades apresentadas. Considerações finais: Cuidar do cliente com pênfigo é realmente um desafio para a enfermagem, não somente pela complexidade, mas também pela necessidade de conhecimentos especializados, para avaliação das necessidades individuais e implementação de cuidados específicos. O enfermeiro e sua equipe são responsáveis por atenderem às necessidades humanas básicas, ofertando conforto e promovendo saúde dos seus usuários. A equipe de saúde deve assistir o cliente como um todo, não só cuidando da lesão, mas ouvindo suas necessidades, medos e insegurança propiciando assim uma assistência holística e sistematizada. Por meio desse trabalho foi possível implementar a SAE, promovendo desta forma, o cuidado integral ao paciente com pênfigo vulgar, estimulando sua autonomia, bem-estar e prevenindo complicações.