INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA: O aumento da população idosa é um fenômeno notório a nível mundial, sendo alvo de investigações que buscam compreender a dinâmica deste processo e desenvolver estratégias que contribuam para a promoção de qualidade de vida nesta fase do desenvolvimento humano. Dentre as questões relacionadas aos idosos que têm despertado interesse no âmbito cientifico e clínico, sublinha-se o alto índice de depressão e suas consequências, especialmente entre os idosos residentes em instituições de longa permanência. Destarte, como a depressão configura-se como uma doença que pode acarretar sérias implicações no estilo de vida dos idosos, esta pesquisa mostra-se relevante, pois, ao se tratar de uma revisão integrativa da literatura, fornecerá um panorama geral dos estudos acerca desta temática, respaldando teoricamente novas pesquisas e intervenções na área. OBJETIVO: A presente pesquisa tem por objetivo apresentar o estado da arte acerca dos estudos brasileiros sobre o índice de depressão e suas implicações para os idosos residentes em instituições de longa permanência. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, realizada a partir de uma revisão integrativa/sitemática da literatura nas bases de dados que indexam periódicos, LILACS, BVS, SciELO, PEPSIC e IndexPsi. Utilizou-se como descritores “depressão AND idosos institucionalizados”, “depressão AND idosos AND instituições de longa permanência”. Foram considerados como critérios de refinamento: artigos publicados em português, exclusão de textos coincidentes, que não disponibilizassem o conteúdo completo ou não fizessem referência direta ao tema. Foram encontrados 39 artigos, contudo apenas 16 atendiam aos critérios de inclusão. O tratamento dos dados foi realizado por meio da análise qualitativa dos artigos selecionados, confrontando-os de modo a extrair as convergências, divergências e novas perspectivas acerca do tema abordado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os estudos analisados, o índice de depressão em idosos que residem em instituições de longa permanência é maior do que em idosos não institucionalizados. A presença de sintomas depressivos e seu agravamento em idosos institucionalizados são proporcionais ao aumento da idade e está associada à maior morbidade e mortalidade. No tocante aos sintomas mais comuns entre os idosos institucionalizados com diagnóstico de depressão, destaca-se a desesperança, a ansiedade e a insônia, sendo os possíveis fatores interferentes para a culminância do quadro depressivo, a existência de algum tipo de limitação/dependência e a insatisfação do idoso com a instituição em que reside. A partir dos estudos analisados e da compreensão das principais questões que perpassam a incidência de depressão no referido público, ressalta-se a importância da detecção precoce dos sintomas com vistas à prevenção do agravamento do quadro e seus efeitos nefastos para a saúde e qualidade de vida dos idosos. Para tanto, se faz premente a formação adequada dos profissionais e demais cuidadores que trabalham com idosos institucionalizados, contribuindo assim para o planejamento de intervenções. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Salienta-se que conhecer as implicações da depressão entre os idosos institucionalizados, pode ser um indicativo de ações profiláticas a partir do estabelecimento de um plano de cuidados que contemple os aspectos sociais, físicos e subjetivos destes sujeitos.