Introdução: O câncer de colo de útero é considerado um grave problema de saúde pública, atingindo todas as camadas sociais e regiões geoeconômicas do país. É a terceira causa de morte em mulheres de países do terceiro mundo, entre eles o Brasil, mesmo apresentando um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, representando 10% de todos os tumores malignos incidentes. No Brasil, o câncer de colo uterino é a segunda causa de morte por câncer em mulheres, superado apenas pela neoplasia de mamas. Dados brasileiros de 2002 apontam uma incidência de 19.603 casos desta patologia, ao ano, e uma prevalência de 16.457 casos. Existem, no país, cerca de seis milhões de mulheres entre 35 a 49 anos, que são mulheres sexualmente ativas e que nunca realizaram o exame citopatológico (Papanicolau), faixa etária onde mais ocorrem casos positivos de câncer do colo do útero. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo destacar a importância das práticas multidimensionais em Estratégia de Saúde da Família, do enfermeiro, enquanto educador e formador educacional no que tange a promoção do exame citopatológico, frente ao diagnóstico e tratamento de câncer de colo-uterino. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência resultado de um projeto de intervenção, de caráter sócioeducacional e assistencialista, realizado no Centro de Saúde Adília Gonçalves da cidade Barro, região sul do Ceará, com fins de maximização do alcance de execução do exame citopatológico na área. Por meio de estudo, previamente estabelecido acerca da área e do serviço de saúde foram possíveis a operacionalização de práticas voltadas para a sensibilização da equipe multidisciplinar e usuárias, implantação de horários alternativos para realização do exame, bem como operacionalização das práticas de educação em saúde, como forma de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco, incentivo ao autocuidado, estabelecimento de vínculo e detecção precoce da doença. Resultados e Discussões: Como resultados do projeto percebeu-se, após palestra sócio educacional informativa sobre a importância do exame e saúde íntima, como formas de prevenção ao câncer de colo uterino, uma considerável elevação no vinculo unidade-população, além do considerável aumento na adesão ao exame. Os profissionais da saúde tem, portanto, o papel fundamental de incentivar e demonstrar a importância da realização do exame visando abranger todas as mulheres com vida sexual ativa. Conclusão: Partindo da perspectiva de promoção de saúde, fica evidente a importância do presente estudo, enquanto prática de educação em saúde para este público alvo tão vulnerável, sendo este relevante do ponto de vista epidemiológico, atuando na mensuração de análises clínicas frente a temática, destacando-a ainda como um problema de saúde pública, resultando numa contribuição irrefutável quando da necessidade de avaliação de estudos mais detalhados acerca do tema.