Introdução: A infecção hospitalar define-se como aquela adquirida após a internação do paciente e que se manifesta nesta etapa ou mesmo após a alta. Pesquisas realizadas em várias partes do mundo, incluindo o Brasil, demonstram que quando os profissionais não seguem corretamente os protocolos de controle estabelecidos pelos órgãos competentes, no tocante à prevenção, contribui-se para o aumento da incidência de infecção. Objetivos: Identificar as principais formas de infecção hospitalar e a relação com os protocolos de vigilância hospitalar estabelecidos pelos profissionais do setor de prevenção. Metodologia: Estudo terciário de literatura, agregando-se informações obtidas a partir de bancos de dados do Scientific Eletronic Library Online – Scielo; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – Lilacs; Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde – Ibecs; Medical Literature Analysis and Retrievel System Online – Medline. Resultados: Constatou-se que a prevalência de infecções do trato urinário foi de 51%, seguidas da do cateter central (21%), sítio cirúrgico (18%) e pneumonia (10%). Compreende-se que, provavelmente, haja um mau processamento no que tange aos cuidados sanitários por parte dos profissionais do setor de enfermagem na utilização segura do asseio de processos como sondagem vesical e curativos. Pelas referências consultadas, dentre esses protocolos de vigilância hospitalar não cumpridos adequadamente destacam-se a lavagem de mãos e o uso de luvas de procedimento, repercutindo em um aumento no índice de infecção hospitalar e no número morbidade e de mortalidade nos hospitais de análise. Os principais motivos alegados pelos profissionais de saúde para a negligência aos procedimentos são o esquecimento do procedimento correto, a falta do material necessário e, até mesmo, o conhecimento inadequado quanto às medidas de combate ao risco sanitário hospitalar. A interrupção dessa cadeia pode ser realizada por meio de medidas reconhecidamente eficazes e simples, como a lavagem das mãos, o processamento dos artigos e superfícies, a utilização dos equipamentos de proteção individual, no caso do risco laboral, e a observação das medidas de assepsia. Conclusão: As informações obtidas por meio desta revisão evidenciam a existência, porém ineficaz, de apoio advindo dos órgãos de saúde responsáveis pelo controle das infecções hospitalares. Sugere-se que haja incentivos da parte dos Centros de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH’s) e dos órgãos de vigilância em saúde, objetivando-se que estes profissionais exerçam as configurações de segurança estabelecidas pelos órgãos e instituições responsáveis, culminando na redução do índice de infecções hospitalares ainda persistente.