INTRODUÇÃO: A prostituição feminina é uma prática que acompanha a história da humanidade de tal modo que nenhuma civilização escapou da sua convivência. A prostituição resistiu ao tempo, guerras, mudanças políticas, perseguição religiosa, nada conseguiu acabar com aquela que é a considerada a mais antiga das profissões. No Brasil, a prostituição é identificada desde o século XIX. O presente estudo justifica-se nesse esforço de um olhar mais humano e ampliado sobre a mulher que se prostitui, considerando seus significados, medos, angústias e seu papel na sociedade, e é um dos objetivos do projeto A Prostituição Feminina na Cidade do Crato, onde inicialmente procurou se fazer um mapeamento, trazendo o papel histórico e cultural em que está inserida a prostituição. METODOLOGIA: A metodologia a ser utilizada combinará vários métodos e técnicas, necessários à concretização dos objetivos do estudo. Realizar-se-á um estudo do tipo descritivo de natureza qualitativa com abordagem socioantropológica. Sobre as pesquisas descritivas, Gil (2009) refere que têm como principal objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno. Os dados serão coletados a partir da observação participante dos locais de prostituição, com a ajuda de um formulário, serão colhidos os dados que servirão para traçar o perfil dessas mulheres e dos locais onde ocorre a prostituição. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo foi desenvolvido na cidade de Crato, localizada no extremo-sul do estado do Ceará, na região metropolitana do Cariri. A pesquisa e o contato com o campo foram marcados por visitas as áreas de prostituição, que permitiu conhecer e mapear a área de prostituição existente hoje na cidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados poderão contribuir para a ampliação do cuidado a essas mulheres, pois eles nos mostram onde encontra-las. O contato com elas, mostra que é necessário, criar uma rede de apoio multiprofissional para essas mulheres. E que algo que tentam tanto esconder, está mais que visível aos nossos olhos, e devemos, para de fingir que não vemos. Para se estudar a prostituição, é necessário nos despir de preconceitos e conceitos, que nos foram passados durante toda a vida. Como futura enfermeira, vejo nesse estudo, uma oportunidade de trabalhar o cuidado individual, singular e humanizado.