INTRODUÇÃO:O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno que vem ocorrendo progressivamente. Fatores como: queda da fecundidade,da natalidade, mortalidade infantil e melhoria das condições de vida são responsáveis por este fenômeno. Projeções demográficas apontam que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer dobrou mais que desde o início do século XX, de maneira que, atualmente a população brasileira vive mais que as pessoas do século passado. Associado a este processo observa-se o aumento das doenças crônicas não transmissíveis entre este grupo populacional, com elevada incidência de sintomas e realização de consulta e tratamento com especialistas diferentes fazendo com que o uso de vários medicamentos seja utilizado por estas pessoas cabe destacar que associado a polifarmácia encontra-se o uso de diversas práticas terapêuticas, como chás e remédios caseiros, na busca de alívio ou cura de desconfortos físicos ou mentais. Considera-se o uso de automedicação um risco eminente na vida de qualquer idoso, podendo levar a intoxicação medicamentosa, eventos adversos, aumentando a possibilidade de internação e óbitos. Observa-se que esse processo pode ser viabilizado por diferentes fatores; facilidade de acesso em balcões de farmácias, reaproveitamento de antigas receitas, utilização de sobras de medicamentos e indicação de medicamentos por pessoas leigas. Neste contexto a problemática da automedicação em idosos é considerada pelos especialistas como um problema de saúde pública, diante dos que poderão advir em função dessa prática entre os idosos e que deverá ser objeto de investigação por parte dos profissionais que prestam atendimento para estas pessoas e de ações educativas que possibilitem a reflexão crítica acerca dos males que essa prática poderá ocasionar, resultando na redução de automedicação. OBJETIVO: Relatar uma prática exitosa de educação em saúde realizada com idosos, acerca do uso de automedicação. METODOLOGIA: Foi realizada uma roda de conversa com 30 idosos da comunidade de São José de Lagoa Tapada – PB. Utilizou-se uma metodologia problematizadora, com participação ativa dos idosos a fim de promover uma aprendizagem significativa sobre a temática em tela. A avaliação da atividade desenvolvida de forma dinâmica e criativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os idosos relataram que o uso de automedicação muitas vezes decorre da dificuldade de acesso a uma consulta médica, da facilidade de adquirir o medicamento e enfatizaram o uso de plantas medicinais como herança familiar e cultural. Houve uma interação entre todos os participantes, bem como o reconhecimento dos males e perigos provocados pela prática de automedicação. Oportunidade em que assumiram o compromisso de abandonar este ato abusivo à saúde dos idosos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se reconhecendo a importância da atividade para todos os envolvidos, reconhecendo que a educação em saúde é um elemento potencial no trabalho diário da equipe de saúde, devido à capacidade de empoderamento e transformação dos atores sociais que participam da ação.