INTRODUÇÃO: A dor é uma das razões mais comuns da busca por cuidados médicos, e quando não controlada, é responsável pelo aumento de complicações pós-operatórias, pós-traumáticas, prolongamento das internações, aumento dos custos e insatisfação do doente com os tratamentos. Constitui-se num dado imprescindível a avaliação e o registro sistemático da queixa dolorosa após os outros sinais vitais, para que o clínico possa atender adequadamente ao sofrimento do paciente. A inclusão da dor como o quinto sinal vital, possibilita que esta experiência seja mensurada e registrada, o que permite a avaliação da percepção dolorosa e também oferece subsídios para o tratamento e análise de melhora após a utilização de métodos analgésicos. Mesmo assim, a avaliação da dor como sinal vital ainda é implantada em poucos hospitais, situação que evidencia um desinteresse desta medida por parte dos profissionais. A falta de tempo para realizar a avaliação da dor e a incompreensão dos parâmetros de avaliação pelo paciente são citadas como as principais dificuldades em se estimar a dor. O alívio da dor, por sua vez pode ser compreendido como um direito humano básico e, portanto, extrapola a questão clínica e vai de encontro à questão ética que envolve todos os profissionais de saúde. Além disto, as evidências demostram que a dor não tratada pode afetar adversamente o processo de recuperação, tendendo a cronicidade, o que eleva os custos financeiros. Pode ser o fator causal de diversas co-morbidades e distúrbios funcionais como, por exemplo, a depressão e disfunção muscular loco-segmentar. As evidências existentes apontam que o alívio inadequado da dor acelera a evolução para o óbito devido ao aumento do estresse psicológico, diminuição do potencial de imunocompetência, redução da mobilidade, aumento do risco para desenvolver pneumonia e tromboembolismo, aumento do trabalho respiratório e elevação da necessidade de oxigênio pelo miocárdio. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi rever na literatura como a ineficiente avaliação da dor pode influenciar no processo doloroso. METODOLOGIA: Realizou-se um levantamento bibliográfico de artigos publicados nas bases de dados, LILACS e Scielo e foram selecionados todos os estudos que relacionassem o processo doloroso a subavaliação da dor. RESULTADOS: Nos estudos analisados, entendeu-se que a dor quando subavaliada acarreta um comprometimento no tratamento farmacológico o que causa diversos prejuízos à saúde de uma pessoa e o aumento do período de permanência do paciente na instituição e consequentemente a elevação dos custos. CONCLUSÃO: Se torna imprescindível a avaliação da dor para que o emprego da terapia adequada seja feita de forma eficiente. Sendo então, pouco provável um tratamento eficaz da dor quando a mesma não é mensurada e relacionada sistematicamente aos outros sinais vitais, e com os instrumentos adequados para sua avaliação.