INTRODUÇÃO: O presente artigo faz um resgate dos diferentes aspectos que contribuíram para a consolidação ideológica entre a enfermagem e a figura feminina, tais como: a historicidade da profissão, a divisão social das práticas exercidas por homens e mulheres contribuindo para a desvalorização da profissão, a relação de gênero feminino, a enfermagem e os novos desafios a serem percorridos, e o (re) conhecimento das mulheres brasileiras marcantes no desenvolvimento da enfermagem e suas contribuições para a construção da profissão. OBJETIVO: Para isso, o objetivo deste artigo é discutir o processo de construção da identidade feminina ao profissional de enfermagem a partir da sua história até os dias atuais, analisar as implicações da questão de gênero para a profissionalização da mulher no campo da saúde e da enfermeira na sociedade brasileira e identificar como os desafios criados em torno da mulherenfermeira interferem na busca do reconhecimento social do trabalho em enfermagem. METODOLOGIA: Para tanto, trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, sendo o material selecionado submetido à análise do conteúdo segundo Medeiros (2008), elaborado a partir de fontes primárias que se constituíram em pesquisas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Já as fontes secundárias partiram do acervo bibliográfico existente no CAMEAMUERN. Utilizou-se como âncora de gênero: COELHO (2005), OGUISSO et al (2011) e PADILHA (2006). Consultou-se a biografia de enfermeiras que marcaram a história da enfermagem no Brasil, tendo como referência SECAF e COSTA (2007), nos quais se notou um imaginário que atribui à posição feminina da profissão grande parte de seus dilemas: crise de competência técnica, vocação e identidade. Os artigos relativos ao tema e pesquisa com dados classificados e contextualizado foi comparado à luz do pensamento histórico e feminino de: GEOVANINI et al. (2005) e GERMANO (1983) que evidenciaram que a profissão de enfermeira contribuiu para inserção de mulheres em espaços públicos ocupados por homens.RESULTADOS: Portanto, os resultados obtidos foram que: os primeiros praticantes da enfermagem, cujas características marcam a profissão até os dias atuais, tendo em vista a construção ideológica das primeiras escolas de formação e os estereótipos construídos em torno da profissão e difundidos, ao longo da história, na sociedade. A enfermagem somente superaria a estereotipia patriarcal quando estabelecesse novos conceitos e conhecimentos técnico-científicos; que a enfermeira ao acompanhar os movimentos de transformação referente à posição da mulher na sociedade, vem assumindo-se como cidadã, profissionalizando-se e conquistando o mundo, o qual séculos de história lhe negaram o direito a uma subjetividade própria. CONCLUSÕES: Hoje é notório toda a conquista pela emancipação da enfermagem as lutas tiveram características comuns de sua época tanto em sentido mundial como no Brasil sendo transparente concluir que a quantidade de contribuição para a enfermagem é significativa, sabe-se que as mulheres deixaram seu legado trabalhando com afinco abordando simultaneamente todas as áreas de sua tarefa com muita dificuldade, porém sem desistência.