INTRODUÇÃO: A adolescência é uma fase da vida repleta de mudanças de caráter biológico, psicológico e social. Esta é uma fase intermediária entre a infância e a vida adulta e segundo a OMS compreendida entre a faixa etária de 10 a 19 anos de idade tendo como marco inicial as mudanças corporais da puberdade e como marco final a inserção social, profissional e econômica do jovem. O câncer é uma doença em que toda a família é partícipe do tratamento. Paciente e família integram suas emoções e mecanismos de defesa em relação à doença. Tal diagnóstico é sempre vivido como uma catástrofe, mas é ainda mais arrasador quando vivido por um jovem. É como se existisse um momento certo para que a doença e a morte ocorressem e esse momento certamente não seria a adolescência, fase de grande existência de planos e expectativas para o futuro.Com isso, torna-se necessário que os profissionais de enfermagem possuam habilidades frente ao paciente portador de câncer e a sua família. Deve ser oferecida uma assistência humanizada, a partir da escuta qualificada e efetiva. Contudo, o objetivo deste é identificar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre câncer na adolescência, sentimentos de portadores e papeis dos familiares e enfermeiros.METODOLOGIA: Revisão integrativa realizada no período de dezembro de 2013 a fevereiro de 2014 a partir de artigos que identificaram câncer na adolescência, sentimentos de portadores e papeis dos familiares e enfermeiros. A busca pelos artigos ocorreu por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores: adolescente, neoplasias, emoções, desempenho de papeis associados pelo operador booleano AND.RESULTADOS E DISCUSSÃOA amostra foi composta por seis artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Construiu-se um quadro organizando quanto à base de dados, ano, tipo de publicação e métodos/técnicas utilizadas e as opiniões dos pesquisadores. Em relação ao quantitativo de referências indexadas nas bases de dados foram encontrados um artigos no SciELo e cinco no LILACS. Os autores apresentam o quão difícil e perturbador para o adolescente enfrentar o diagnóstico e tratamento do câncer.Com a descoberta da doença, a família se desestrutura,ocasionando alterações no cotidiano familiar.Após o diagnóstico da doença os sintomas mais frequentes que acometem os adolescentes são de depressão, ansiedade, medo, tristeza, luto, raiva e grande dificuldade de adaptação hospitalar por conta do estresse adquirido decorrente da doença e do tratamento impossibilitando os de realizações de tarefas próprias de sua etapa de vida. CONCLUSÃOO reconhecimento das dificuldades que a família de um indivíduo com câncer enfrenta dependerá dos esforços que a equipe de enfermagem empreenderá, no intuito de ajudá-la a lidar com situações conflitantes. Dessa forma percebe-se o quanto é importante que a equipe de enfermagem que irá acompanhar o paciente e sua família nesse processo de aceitação e adaptação, esteja preparada para lidar com essa situação delicada. Há necessidade de que o enfermeiro volte-se a um cuidado humanizado cuidando não só do físico, mas também no tocante ao psicossocial e espiritual.