ESTE TEXTO FAZ PARTE DE UMA PESQUISA DE DOUTORADO NA QUAL ESTUDAMOS UM GRUPO DE IDOSAS PARTICIPANTES DE UMA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE (UATI). POR MEIO DE UMA PESQUISA PARTICIPANTE, CUJO FOCO DE OBSERVAÇÃO E INTERVENÇÃO VOLTOU-SE AO POTENCIAL IMAGINATIVO, INVENTIVO E CRIATIVO DAS ESTUDANTES, O OBJETIVO FOI DESCONSTRUIR A IDEIA DE UATI ENQUANTO UM ESPAÇO DESTINADO A SALVAR AS PESSOAS MAIS VELHAS DA SOLIDÃO, ABANDONO OU MAL ESTAR. O REGISTRO DA VIVÊNCIA COM AS ESTUDANTES FOI REALIZADO POR MEIO DE UM DIÁRIO DE CAMPO E, ENTRELAÇADO AO QUE SE VIVIA NO CAMPO, CONSTRUÍMOS ALGUNS QUESTIONAMENTOS SOBRE OS PARADOXOS QUE ENCOBREM A LONGEVIDADE, BEM COMO, REFLEXÕES ACERCA DOS SERVIÇOS QUE SÃO OFERECIDOS ÀS PESSOAS DE MAIS IDADE, EM ESPECIAL, NAS UNIVERSIDADES ABERTAS. AO QUE CONCLUÍMOS QUE, DIFERENTE DE UMA LÓGICA DE ENSINO HIERÁRQUICA QUE PRESCREVE MODOS DE PENSAR E SE COMPORTAR, A UATI PODE SE CONSTITUIR ENQUANTO CONTEXTO PRIVILEGIADO PARA A CONSTRUÇÃO E VIVÊNCIA DE NOVOS/OUTROS POSSÍVEIS – CONTRIBUINDO PARA QUE PESSOAS IDOSAS DESCUBRAM A SI MESMAS, SEUS IMPULSOS E MOTIVOS MAIS SINGULARES E NÃO OS DITADOS POR UMA GENERALIZADA (E EQUIVOCADA) CONDIÇÃO.