O AVE É CONSIDERADO A PRINCIPAL CAUSA DE INCAPACIDADE FUNCIONAL ADQUIRIDA NO MUNDO, COM ALTA PREVALÊNCIA EM PESSOAS IDOSAS. OBJETIVOU-SE CARACTERIZAR O PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DE PESSOAS IDOSAS SOBREVIVENTES DE AVE. TRATA-SE DE UM ESTUDO TRANSVERSAL REALIZADO COM 134 PESSOAS IDOSAS CADASTRADAS EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA. OS DADOS FORAM COLETADOS MEDIANTE A UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO SEMIESTRUTURADO PARA OBTENÇÃO DOS DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS E O ÍNDICE DE BARTHEL. A ANÁLISE DOS DADOS FOI REALIZADA NO SOFTWARE SPSS VERSÃO 22.0, POR MEIO DE ESTATÍSTICA DESCRITA. IDENTIFICOU-SE MAIOR FREQUÊNCIA DO SEXO MASCULINO (54,5%), 60 A 69 ANOS (63,4%), CASADOS (59,0%), UM A QUATRO ANOS DE ESTUDO (49,3%), APOSENTADOS (66,4%), COM RENDA DE UM A TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS (78,4%). A MAIORIA REFERIU NÃO CONSUMIR BEBIDA ALCOÓLICA (89,6%), NÃO FUMAR (93,3%) E NÃO PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA (85,8%). EM RELAÇÃO AS CONDIÇÕES DE SAÚDE, 41,0% AVALIARAM O SEU ESTADO DE SAÚDE COMO RUIM. O FATOR DE RISCO PARA AVE MAIS RELATADO FOI A HAS (74,6%). O ÚLTIMO AVE FOI HÁ MAIS DE UM ANO (61,2%), TIPO ISQUÊMICO (67,2%), COM PREDOMÍNIO DE SEQUELAS MOTORAS (66,4%) E FRAQUEZA MUSCULAR (45,5%). SOBRE À REABILITAÇÃO, 48,5% FIZERAM OU FAZEM TERAPÊUTICA DE REABILITAÇÃO. NA AVALIAÇÃO FUNCIONAL, IDENTIFICOU-SE PREDOMÍNIO DE DEPENDÊNCIA MODERADA (48,5%). ESTA PESQUISA CONTRIBUI PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SENTIDO DE TRAÇAR O PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DAS PESSOAS ACOMETIDAS POR AVE, O QUE PODERÁ NORTEAR A PRÁTICA DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA, SUBSIDIANDO O PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS E INDIVIDUAIS.