O BRASIL TEM PRESENCIADO UMA MUDANÇA DEMOGRÁFICA QUE VEM REFLETINDO EM UM PROGRESSIVO AUMENTO NA PROPORÇÃO DE IDOSOS NA POPULAÇÃO GERAL E A MESMA TENDÊNCIA TEM SE APLICADO NOS AMBIENTES PRISIONAIS. O ESTATUTO DO IDOSO E A POLÍTICA NACIONAL DA PESSOA IDOSA FORAM CRIADAS COM INTUITO DE GARANTIR À PESSOA IDOSA A PROTEÇÃO À VIDA E À SAÚDE, PERMITINDO O ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL E DIGNO. PORÉM ESSES DIREITOS NEM SEMPRE SÃO GARANTIDOS À POPULAÇÃO IDOSA PRIVADA DE LIBERDADE, DEIXANDO-OS DUPLAMENTE VULNERÁVEIS. O OBJETIVO DESTE TRABALHO É DESCREVER O PERFIL DE IDOSOS QUE INTEGRAM O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO, BEM COMO OS DESAFIOS DE ENVELHECER NO CÁRCERE NO BRASIL. TRATA-SE DE UM ESTUDO DESCRITIVO, DE CORTE TRANSVERSAL E ABORDAGEM QUANTITATIVA, COM DADOS SECUNDÁRIOS COLETADOS A PARTIR DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL. OBSERVA-SE UM PREDOMÍNIO IMPORTANTE DO SEXO MASCULINO ENTRE AS PPL DE TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, INCLUINDO OS IDOSOS. AS PESSOAS COM MAIS DE 60 ANOS REPRESENTAM 1,26% DOS PRESOS. ENTRE OS INDIVÍDUOS JÁ SENTENCIADOS, 53,08% DOS HOMENS E 46,35% DAS MULHERES TÊM TEMPO DE PENA SUPERIOR A 8 ANOS. EVIDENCIOU-SE QUE 2,16% DOS ENCARCERADOS SENTENCIADOS APRESENTAM HIV, 1,97% TUBERCULOSE, 1,26% SÍFILIS E 0,66% ALGUM TIPO DE HEPATITE. ENTRE AS MORTES REGISTRADAS NO PERÍODO ANALISADO, AQUELAS MOTIVADAS POR DOENÇAS REPRESENTAM A MAIOR FATIA PARA AMBOS OS SEXOS. CONSIDERA-SE IMPRESCINDÍVEL A ANÁLISE DE DIFERENTES ASPECTOS QUE IMPACTAM NO ENVELHECIMENTO DENTRO DO CÁRCERE PARA QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS SEJAM IMPLEMENTADAS VISANDO A GARANTIA DOS DIREITOS PREVISTOS NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL.