A Matemática é uma disciplina que apresenta uma roupagem histórica de reprovações, desistências e fracassos, o que faz com que jovens e adultos se orgulhem de expressar o seu dissabor por ela. Quando se trata do ensino na modalidade de Jovens e Adultos - EJA - não é diferente. Por essa razão, é preciso dar uma nova abordagem a essa disciplina, utilizando, sempre que possível, recursos didáticos digitais, como softwares educativos, jogos eletrônicos, simuladores virtuais etc., e articular o cotidiano digital com os conteúdos curriculares. Nessa perspectiva, objetivamos, neste texto, apresentar um relato sobre os estilos de aprendizagem e os recursos didáticos digitais para a Matemática da EJA numa perspectiva de Kolb (1984). Trata-se de uma experiência vivenciada em nossa atividade de Estágio de Docência do Curso de Mestrado Profissional da UEPB. Para isso, buscamos apoio teórico nas pesquisas e nos escritos de autores como Dante (2002), Lorenzato (2006), Pais (2000), Kolb (1984), entre outros. A metodologia empregada foi de natureza qualitativa, descritiva e exploratória. Os sujeitos foram 19 alunos de duas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do ensino médio: nove do 1º ano A e dez do 1º ano B. Entre os resultados coletados, um que nos chamou a atenção foi que, nas duas turmas, o estilo de aprendizagem predominante foi o mesmo - Estilo Divergente. Esta pesquisa nos leva a compreender que os alunos de EJA pesquisados apresentam algumas características específicas, como aprender com base na experiência concreta e na observação reflexiva.