A comunicação efetiva é uma das mais importantes habilidades na promoção da segurança do paciente, sobretudo nas unidades de terapia intensiva, onde o desafio está em elaborar estratégias para obter uma transmissão da informação eficaz e aprimorar a qualidade da assistência reduzindo a incidência de riscos e danos ao paciente. Em face da transição demográfica mundial ocasionada pelo envelhecimento populacional, há uma projeção do aumento gradativo no perfil de idosos ocupando leitos de unidade de terapia intensiva ao longo dos próximos anos. O objetivo dessa revisão foi identificar na literatura científica fragilidades e estratégias para comunicação efetiva em terapia intensiva no contexto da segurança do paciente. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com estudos publicados em bases de dados científicas que abordassem a temática. Um total de 13 estudos compuseram a amostra final. Após a análise do conteúdo foi possível delinear principais falhas na transmissão de informações durante o processo de cuidado multiprofissional nas unidades de terapia intensiva e pontuar estratégias para minimizá-las. Evidenciou-se sob o ponto de vista organizacional, a importância do fortalecimento de uma cultura não punitiva, no que se refere ao uso da comunicação sobretudo nos momentos potenciais de risco a ocorrência de eventuais erros, propõe-se o uso de protocolos e ferramentas do tipo check-list como instrumentos gerenciais durante o processo do cuidado na perspectiva de melhoria da qualidade na assistência e da segurança do paciente, inclusive sob o ponto de vista ético e legal.