No contexto da educação, a Lei n° 8.069, de 1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Art. 54, par. III) prevê o auxílio às necessidades particulares de cada criança, reivindicando o apoio educativo específico no sistema de Ensino. A inclusão de alunos com dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar deve considerar as particulares físicas e cognitivas, inclusive Transtornos Globais de Desenvolvimento. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um exemplo desses transtornos, que esta cada vez mais presente em discussões e estudos na perspectiva da Educação. O TEA apresenta a “tríade sintomatológica”, que se relaciona ao regresso da linguagem oral, que determina o nível de dano aos processos de: integração social, comunicação e estereotipagem e repetição comportamental. A criança com TEA, necessita de um processo de Ensino estruturado, a partir da possível dificuldade na compreensão espontânea de certo temas, como conteúdos que seriam comumente assimiladas a partir da observação e experiência, além da existência de adversidades relativas à percepção, sensibilidade sensorial, comunicação (de receptividade ou expressão), convívio social e comportamental. Este estudo se enquadra na finalidade de pesquisa básica, com objetivo de associar as potencialidades e desafios acerca de discentes com TEA, no âmbito do Ensino de Ciências na perspectiva inclusiva. A partir de pesquisas bibliográficas a partir de estudos práticos envolvendo o tema, foi possível estabelecer a relação entre o Ensino de Ciências e seu potencial para desenvolvimento de habilidades específicas de alunos com TEA, a partir de metodologias inclusivas de ensino-aprendizagem. Desse modo, pôde-se concluir que aulas de Ciências diferenciadas, com práticas que integram os alunos de forma efetiva, além de desenvolver o interesse dos discentes podem potencializar eu processo de assimilação de conteúdos.