O estudo propõe analisar a conexão entre a linguagem audiovisual, desenho animado, e a socialização do ser feminino para a construção da representatividade e do empoderamento na infância. Por entender a presença massiva desse tipo de comunicação foi realizada pesquisa teórico e metodológico em torno de indicativos do que torna a ser o feminino e quais são suas representações em algumas das produções infantis mais consumidas pelo público, evidenciando, os contextos sociais, culturais, políticos e históricos aos quais essas obras correspondem. A partir da abordagem de uma pesquisa qualitativa, deu-se a realização de entrevista semiestruturada com meninas e mulheres de diferentes idades, onde coube a análise de algumas das obras citadas pelas entrevistadas em intersecção com suas idealizações do tipo de feminilidade presentes nessas, e como contribuem para a construção e solidificação do empoderamento na infância. Assim, foi possível identificar disparidades e semelhanças no que diz respeito aos estereótipos de gênero existentes nas obras, bem como, compreender os pequenos reencontros sócio afetivos nos quais as entrevistadas se sentem representadas dentro dos contextos de temporalidade dos desenhos animados. Onde a discussão se atém aos formatos de representações de grupos femininos no geral e em suas minorias e as dimensões políticas, afetivas e sociais as quais as personagens femininas atingem nos enredos audiovisuais.