A promoção da acessibilidade para surdos no ensino superior ainda não parece ter ocorrido de fato. Buscando conhecer dificuldades que o surdo apresenta no seu processo de comunicação na universidade, em ambiente bilíngue (Libras e língua portuguesa) como sugerem as leis que orientam a educação brasileira, representa um desafio. O objetivo desse trabalho foi cartografar o atendimento a demandas linguísticas do surdo que cursa uma instituição de Ensino Superior. A fundamentação teórica teve como orientação trabalhos de Mantoan; Quadros; Karnopp, Fernandes; Goldfeld; MEC; Mittler dentre outros. Elegemos como aporte metodológico a pesquisa qualitativa/documental. A coleta de dados foi realizada em documentos disponíveis no site, através de revistas e outras publicações da instituição. A leitura cuidadosa desses documentos permitiu identificar ações/projetos inclusivos, bastante pertinentes. Dentre eles podemos citar o Núcleo de Apoio ao Discente (NAD) que oferece: intérprete de Libras em turmas frequentadas por surdos; curso de Libras para a comunidade; circulação da Libras nas licenciaturas e fonoaudiologia e outros cursos. A universidade valoriza a comunicação em língua de sinais, entende que ela representa um meio de comunicação vital para o surdo, porém o domínio das duas línguas permitirá ao surdo ter acesso ao conhecimento de forma mais segura. Apesar de verificarmos evolução para atender às demandas dos surdos percebemos que é uma questão ainda não resolvida.