O presente artigo apresenta um recorte de pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal da Grande Dourados, e tem por objetivo analisar o modo como o Livro Didático de Matemática contribui para a constituição da imagem feminina com ênfase para a mulher idosa. Nos apoiando como referencial teórico baseado nos conceitos de governamentalidade e cultura da performatividade de Michel Foucault. Tomamos como material empírico um livro de matemática do 2° ano do Ensino Fundamental I, além da Lei 8.842 que institui o estatuto do idoso e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2019 que corresponde a coleção selecionada para analise. Utilizamos também neste artigo o conceito de Ageísmo, termo ainda pouco utilizado em pesquisas que envolvem o Livro Didático de Matemática buscando perceber a forma como a mulheres idosa é representada. A análise dos dados nos permite inferir que existe essa prática do Ageísmo no livro didático de matemática, pois a forma como elas são representadas propaga uma repetição de gestos que mapeiam a forma feminina de ser, aponta para uma prática do Ageismo, pois cria um estigma da pessoa idosa, a forma como o livro didático de matemática representa as mulheres idosas é generalizada, como se todas vivessem da mesma forma, sem representar a diversidade existente na sociedade, o PNLD aponta para a não veiculação de esteriótipos e preconceitos, mas a obra mais vendida do Brasil reforça o ageismo, a medida que retira a mulher idosa do mundo dinâmico, e a coloca numa posição “menor”.