O estudo emerge a partir da nossa investigação em torno da infância camponesa, nosso objeto de estudo na pesquisa de dissertação do Mestrado em Educação Popular (PPGE/UFPB), o presente possui como objetivo evidenciar o lugar destinado para as Crianças Sem Terrinhas no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O caminho metodológico deste trabalho deu-se por uma abordagem qualitativa, utilizando-se de levantamento e revisão bibliográfica. Foi realizada busca de documentos publicados na Biblioteca da Reforma Agrária, plataforma virtual organizada pelo MST, utilizando como buscadores as palavras-chave: Sem Terrinha, infância no/do campo, infância camponesa, criança no/do campo, Educação Infantil do/no Campo. Selecionamos uma diversidade de matérias que discutem a infância no campo: Revistas, Jornais, Cartilhas de Orientação, Boletins de Educação e Cadernos de Estudo. Os documentos apresentam como eixos centrais de discussão: Orientação para o trabalho docente com as crianças, Educação do Campo, Pedagogia do Movimento, Educação Infantil no Campo, Jogos e Brincadeiras, Reforma Agrária, Agroecologia e Mobilização Infantil. O setor de educação do MST também organiza coleções destinadas aos Sem Terrinha, como: livretos de cantigas infantis, livros de literaturas, o Jornal das Crianças Sem Terrinha, as Revista Sem Terrinha e, o site dos Sem Terrinha que além de abarcar com os elementos supracitados possui outros, como: vídeos, músicas, poemas, jogos, cartas. Além dos espaços idealizados para eles como: as cirandas infantis, os encontros dos Sem Terrinha, os concursos de redações e desenhos, os teatros, festivais e olimpíadas. De tal modo, conclui-se que a criança não é pensada dissociada da luta de sua família, o Movimento é coletivo e, elas estão presentes como sujeitos ativos e críticos no cotidiano do MST: nos assentamentos, nos acampamentos, nas mobilizações, na agricultura familiar e outros. Afinal o lugar da criança do Movimento é no Movimento.